Quem são os burros nessa história?

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Quem são os burros nessa história?

Não se pode analisar a Operação Carne Fraca apenas pelo aspecto econômico e monetário

  

A notícia A Carne Fraca e o reino dos imbecis (por Luis Nassif) do Jornal GGN de 18 de março de 2017, sustenta o nível de emburrecimento nacional ligado à Operação Carne Fraca:

 

Mas, não. O bate-bumbo criou uma enorme vulnerabilidade para toda a carne exportada pelo país. Os anos de esforços gerais para livrar o país da aftosa, conquistar novos mercados, abrir espaço para as exportações ficaram comprometidos pelo exibicionismo irresponsável desse pessoal.

Escândalo da carne? Nenhuma novidade, lamentavelmente!

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Escândalo da carne? Nenhuma novidade, lamentavelmente!

A concorrência internacional aproveitará o escândalo da carne para barrar a carne do país, evidente e com razão

  

Não faltaram alertas como por exemplo o feito na matéria USDA/FSIS aponta falhas significativas na inspeção de produtos de origem animal no Brasil. E também é inútil "jogar a culpa" na Operação Carne Fraca ou no fiscal agropecuário público que cumpriu sua obrigação quando honrou o serviço público ao denunciar um esquema prejudicial à saúde pública e à segurança alimentar da população. Não se trata apenas de dinheiro e lucro: é preciso preservar o interesse público em fiscalização agropecuária tutelada pelo Poder Pública.

'Making a Pig's Ear of Food Safety'

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'Making a Pig's Ear of Food Safety'

As inconformidades verificadas nos cinco frigoríficos-piloto que fazem parte do projeto de privatização dos EUA contra sua fiscalização agropecuária pública, nos quais o Food Safety and Inspection Service (FSIS) e o United States Department of Agriculture (USDA) se servem para "avaliar" a "qualidade" da "fiscalização" privada da carne com base na APPCC

 

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A Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) reproduz abaixo um artigo de Ted Genoways autor de The Chain: Farm, Factory, and the Fate of Our Food intitulado Making a Pig’s Ear of Food Safety, publicado em 12 de dezembro de 2014 pelo The New York Times.

Esse artigo trata das não conformidades verificadas em cinco frigoríficos-piloto que fazem parte de um projeto governamental que visa privatizar a fiscalização pública dos produtos de origem animal, nos quais o Food Safety and Inspection Service (FSIS) e o United States Department of Agriculture (USDA) se servem para "avaliar" a "qualidade" da "fiscalização" privada — um "modelo" preconizado pelo governo dos EUA onde os empregados dos frigoríficos-piloto, mediante a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), "fiscalizam" a carne —, bem como, as próprias insuficiências da fiscalização agropecuária pública.

Agrotóxicos como fenômeno social

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Agrotóxicos como fenômeno social

Existe um outro fenômeno social igualmente destrutivo: o uso e o comércio indiscriminado e irresponsável de agrotóxicos

  

Em agosto de 2016, o engenheiro e sociólogo Eduardo Alcântara Vasconcellos, especialista na análise de dados sobre o trânsito nas cidade, disse à Folha de S.Paulo que "É difícil encontrar na história do Brasil, fora a escravidão, um fenômeno social tão destrutivo quanto a motocicleta". Com base nisso, vamos além. Existe um outro fenômeno social igualmente destrutivo: o uso e comércio indiscriminado e irresponsável de agrotóxicos. A região Sul, por exemplo, consumiu 23% do total de agrotóxicos comercializados no Brasil em 2013. Mais da metade dos agrotóxicos foi consumida no Paraná (158 mil das 285 mil toneladas comercializadas na região) nas culturas de soja, milho, trigo, arroz , e fumo – esta, a que mais utiliza veneno. O estado citado é o maior fornecedor de fumo do país, e sobre o notório uso indiscriminado e irresponsável de agrotóxicos nas regiões produtoras do fumo, recaí a crível relação da depressão e "bomba-relógio" de suicídios.

Práticas e condutas e o privatizante PLS 326/2016

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Práticas e condutas e o privatizante PLS 326/2016

Qual o interesse dos fiscais agropecuários de boa-fé nessa discussão?

  

Muitos discutem se a participação no PT na Mesa do Senado "é legítima e consequente" (segundo a jornalista Tereza Cruvinel) ou favorecerá "a hegemonia das forças golpistas naquela Casa" (segundo o senador Requião).

Segundo Cruvinel, o que o senador Requião defende "é uma ofensiva da oposição para forçar uma revolução nas práticas e condutas do Senado a partir de três medidas. A saber: