Produtos de origem animal: auditoria do Ministério da Agricultura aponta ilegalidade na inspeção do Paraná

Afisa-PR

Produtos de origem animal: auditoria do Ministério da Agricultura aponta ilegalidade na inspeção do PR

"O modelo de inspeção do Paraná, com médico veterinário vinculado à empresa privada realizando inspeção, infringe os artos. 9º, § 6º, incisos II, III e VI, e 133, incisos II, III e VI do Decreto nº 5.741/2006. Além disso, infringe as Leis nº 1283/50, nº 7889/89, nº 8171/91 e a Constituição Federal, Art. 37, inciso II" — Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

  

Em junho do ano passado, a Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) solicitou diversas informações ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre os resultados de uma auditoria de conformidade realizada na fiscalização pública de produtos de origem animal do Paraná. 

Visto que o DIPOA/MAPA não encaminhou as informações solicitadas, a Afisa-PR ingressou com um recurso administrativo junto ao ministro de Estado da agricultura, nos seguintes termos:

A "ideia" de privatizar a fiscalização pública de produtos de origem animal no Brasil

Afisa-PR

A "ideia" de privatizar a fiscalização pública de produtos de origem animal no Brasil

A fiscalização agropecuária pública é prejudicada pela interferência da política partidária e pela ingerência de setores privados interessados em desregulamentação e privatização 

  

A matéria Fatos corroborados por elementos de prova, do O antagonista de 19 de maio de 2017, afirma "No anexo 9, que publicamos ontem de madrugada, Joesley Batista prova - com planilhas e notas fiscais - que pagou propina a Michel Temer em 2010, 2012, 2014 e 2015. Ainda mais inacreditável, porém, é a oferta de propina que ele fez dois meses atrás, com o pagamento a Michel Temer de 5% sobre seus negócios no CADE".

O que diz o Anexo 9 em seu 6º parágrafo:

Caiu a casa da "inspeção" privatizada de produtos de origem animal

Afisa-PR

Caiu a casa da "fiscalização" privada de produtos de origem animal

Aquilo que há muito tempo é criticado pela Afisa-PR torna-se público e notório. A fiscalização agropecuária pública que atua com poder de polícia administrativa, tipificada como uma atividade exclusiva, típida de Estado e não delegável à iniciativa privada, é prejudicada pela interferência da política partidária e ingerência da iniciativa privada

 

Afisa PR 16 JPEG

 

A notícia  Maior parte dos 'fiscais da carne' é contratada pelos próprios frigoríficos (por Katia Brembatti) da Gazeta do Povo de 22 de março de 2017, desnuda a "fiscalização" privada da carne pelos frigoríficos do país.

A intenção de certos setores ligados à iniciativa privada, certos comissionados de livre nomeação, certos parlamentares e certas entidades patronais ruralistas, que se organizem em lobby, é a privatização da fiscalização agropecuária pública através dos PLS 326/2016 e PL 334/2015 com o objetivo de "legalizar" o que já é pratica corrente, conforme denuncia a notícia acima, contra a saúde e a segurança alimentar da população brasileira.

Fiscalização da carne: a indicação política é a espinha dorsal deste esquema...

Afisa-PR

Fiscalização da carne: a indicação política é a espinha dorsal deste esquema...

Quem de fato "fiscaliza" a sua comida? Na prática, impera o "autocontrole"

  

A notícia Globo, Lula, Temer, Aécio e Dilma: Somos todos Friboi (por Helena Borgues) do The Intercept Brasil de 20 de março de 2017, esclarece a qualidade da fiscalização pública de produtos de origem animal.

Igualmente, a análise de Natuza Nery no Globo News ajuda a elucidar a vigorosa defesa exercida por setores da política partidária1 na defesa dos grandes frigoríficos (imagine o que pode estar acontecendo nos pequenos e médios  frigoríficos sob "autofiscalização" que abatem animais para o consumo interno) apanhados na Operação Carne Fraca.

A "culpa" é da Polícia Federal?

Afisa-PR

A "culpa" é da Polícia Federal?

A bombástica carta 031/2016 do ANFFA Sindical 

  

A Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) informa que na data de 4 de agosto de 2016, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) encaminhou a carta 031/2016 ao Ministério Público Federal (MPF), Procuradoria da República no Paraná (PR-PR), alertando-o sobre a nomeação pelo ex-superintendente da SFA-PR, Gil Bueno de Magalhães (que foi mantido no cargo pelo atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), atualmente alvo do Pedido de Prisão Preventiva 5002951-83.2017.4.04.7000/PR, e de Maria do Rocio Nascimento, atualmente alvo do Pedido de Prisão Preventiva 5002951-83.2017.4.04.7000/PR, como chefe do SIPOA-PR.

A carta da ANFFA Sindical ao MPR/PR-PR é assinada pelo auditor fiscal agropecuário federal Daniel Gouvêa Teixeira, delegado sindical no Paraná, que foi alvo de perseguição da hierarquia superior em virtude de cumprir suas obrigações como servidor público.

Attachments:
Download this file (31-2016.pdf)31-2016.pdf[ ]267 kB