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Cientistas encontram novas evidências preocupantes entre agrotóxicos à base de glifosato e câncer

Um novo estudo — Exposure to Glyphosate-Based Herbicides and Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: A Meta-Analysis and Supporting Evidence — sugere que pessoas expostas a "grandes doses" de agrotóxicos à base de glifosato "têm um risco elevado de desenvolver o linfoma não-Hodgkin"

Scientists find new worrying evidence of glyphosate-based pesticides and cancer & A new study - Exposure to Glyphosate-Based Herbicides and Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: Meta-Analysis and Supporting Evidence - suggests that people exposed to "large doses" of glyphosate-based pesticides have a high risk of developing lymphoma non-Hodgkin's"

  

Trava-se atualmente um longo debate sobre se o agrotóxico mais amplamente utilizado no mundo concorre para que o câncer "borbulhe de novo" nas pessoas.

Segundo a notícia Scientists Found Worrisome New Evidence About Roundup and Cancer (por Tom Philpott) da Mother Jones de 14 de março de 2019, o ingrediente ativo glifosato é o principal componente de um herbicida da Monsanto comercializado com a marca Roundup. 

 

 

Os "os advogados fizeram uma audiência de fechamento" em San Francisco, Califórnia (EUA), na primeira fase de uma ação judicial contra a gigante alemã Bayer, que no ano passado adquiriu a Monsanto, segundo a notícia Bayer Roundup cancer trial goes to jury after closing arguments (por Jim Christie) da Reuters de 12 de março de 2019.

O autor dessa ação, Edwin Hardemanafirma que "o uso do agrotóxico Roundup o levou a desenvolver" o linfoma não-Hodgkin (NHL, sigla em inglês), um tipo de câncer. O júri ficou de decidir (na sexta-feira, 15) se comprovadamente o agrotóxico à base de glifosato usado por Hardeman foi um "fator substancial" para causar seu câncer, conforme deu suas instruções o juiz da Corte Distrital dos EUA (US District Court), Vince Chhabria. Caso o júri decida por unanimidade a favor de Hardeman, uma segunda fase desse julgamento considerará a responsabilidade da Monsanto. Uma decisão dividida do júri resultará em um julgamento incorreto e provavelmente desencadeará um novo julgamento para Hardeman. 

As principais agências reguladoras de agrotóxicos dos Estados Unidos e do Canadá "concluíram que o glifosato não é carcinogênico". Porém, o agrotóxico glifosato permanece sob escrutínio. Apenas algumas semanas antes do início do julgamento de Hardeman, vários pesquisadores que já participaram de um painel do governo dos EUA para avaliar a segurança do glifosato, divulgaram um novo estudo — Exposure to Glyphosate-Based Herbicides and Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: A Meta-Analysis and Supporting Evidence, publicado na revista Science Direct em 10 de fevereiro de 2019 — que sugere que pessoas expostas a grandes doses de agrotóxicos à base de glifosato têm um risco elevado de desenvolver o linfoma não-Hodgkin. Durantes seus depoimentos, duas das testemunhas especialistas no caso Hardeman, citaram justamente esse estudo. 

 

 

Pesquisadores encontraram um "elo atraente" entre a exposição aos agrotóxicos à base de glifosato e linfoma não-Hodgkin

Os pesquisadores responsáveis pelo Exposure to Glyphosate-Based Herbicides and Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: A Meta-Analysis and Supporting Evidence, realizaram uma meta-análise da pesquisa epidemiológica em torno da possível ligação entre os agrotóxicos à base de glifosato e o câncer linfoma não-Hodgkin. Nessa meta-análise, os cientistas combinam e analisam dados de múltiplos estudos e buscam amplas tendências na pesquisa. A equipe encontrou um "elo atraente" entre a exposição aos agrotóxicos à base de glifosato e o câncer linfoma não-Hodgkin. Esse estudo concluiu que as pessoas expostas aos níveis mais altos do glifosato têm um risco 41% maior de desenvolver o linfoma não-Hodgkin do que as pessoas que não são, uma medida conhecida em epidemiologia como "risco relativo".

Rachel Shaffer, coautora desse estudo e doutoranda em toxicologia ambiental na Universidade de Washington, EUA, colocou esse risco em contexto em um post em seu blog: os resultados sugerem que pessoas altamente expostas aos agrotóxicos à base de glifosato têm cerca de 2,8% de risco de desenvolver o câncer linfoma não-Hodgkin, contra cerca de 2% para a população em geral.

Um porta-voz da companhia Bayer contestou categoricamente as descobertas desse estudo, sustentando em uma declaração por e-mail que "não há evidências cientificamente válidas que contradigam as conclusões do extenso corpo de ciência que demonstra que os herbicidas à base de glifosato não são carcinogênicos".

Agências, incluindo a Agência de Proteção Ambiental (EUA), a Health (Canadá) e a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (União Europeia), concluíram "que é improvável que o glifosato cause câncer", e todas elas continuam a permitir seu uso generalizado. Em 2015, porém, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS), decidiu que o agrotóxico glifosato é "provavelmente cancerígeno para os seres humanos". Esta decisão suscitou acusações de que a IARC tinha chegado a essa conclusão, visto que "deliberadamente ignorou uma pesquisa então inédita" que poderia "ter livrado o agrotóxico glifosato", uma controvérsia levada ao público pela Mother Jones em sua notícia A Scientist Didn't Disclose Important Data – and Let Everyone Believe a Popular Weedkiller Causes Cancer (por Kiera Butler) de 15 de junho de 2017. A IARC, por sua vez, contestou as críticas contra suas monografias toxicológicas vinculadas ao glifosato, conforme sua resposta IARC response to criticisms of the Monographs and the glyphosate evaluation, de janeiro de 2018.

 

 

Júri da Califórnia (EUA), que concedeu US$ 289 milhões em danos a um ex-jardineiro, reconheceu que a exposição ao glifosato causou câncer

A Monsanto "se transformou em uma das maiores empresas de agronegócio do mundo", em grande parte "devido à força de seus herbicidas e demais produtos associados ao agrotóxico glifosato". Ao comprar a menor empresa norte-americana, a Bayer herdou não apenas esses ativos, mas também ações judiciais de aproximadamente 11.200 demandantes que alegam "ferimentos pessoais resultantes da exposição a esses produtos, incluindo linfoma não-Hodgkin e mieloma múltiplo", conforme observou a própria Bayer em seu relatório anual de 2018. Em agosto passado, um júri da Califórnia (EUA) concedeu US$ 289 milhões em danos ao ex-zelador de escola Dewayne Johnson, que argumentou em sua ação judicial que a exposição aos agrotóxicos à base de glifosato foi responsável pelo seu linfoma não-Hodgkin. Mais tarde, a juíza responsável reduziu essa indenização para US$ 78 milhões, mas não "derrubou o julgamento" do júri de que a Monsanto "havia agido com malícia" — uma decisão em que a Bayer foi apelante. Porém, as ações da Bayer perderam "quase 30% de seu valor" desde que o julgamento de agosto passado garantiu uma milionária indenização a Johnson — uma possível medida de quanto a questão do status do agrotóxico glifosato "como agente cancerígeno" paira sobre a companhia alemã.

  

  

O agrotóxico glifosato teve "uma estrada difícil" no transcurso de seu processo regulatório nos EUA

Segundo a notícia, o agrotóxico glifosato teve "uma estrada difícil" no transcurso de seu processo regulatório nos EUA, ou seja, "uma viagem muito familiar" para três dos cientistas coautores do estudo Exposure to Glyphosate-Based Herbicides and Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: A Meta-Analysis and Supporting Evidence sobre o linfoma não-Hodgkin: a toxicologista Luoping Zhang, de Berkeley, a epidemiologista Emanuela Taioli, do Monte Sinai, e a bioestatística Lianne Sheppard, da Universidade de Washington. Essas três cientistas atuaram em um painel científico consultivo da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA que em 2016 avaliou toxicologicamente o agrotóxico glifosato. Embora a EPA tenha declarado o agrotóxico glifosato "não carcinogênico", esse painel com 15 integrantes ficou dividido, como comprova o relatório final da própria EPA que trata do feedback desse painel e a transcrição das reuniões feitas em dezembro de 2016.

Segundo a notícia, "julgar o potencial carcinogênico de um agrotóxico é complicado". Por um lado, eticamente não se pode "dosar as pessoas com substâncias químicas" potencialmente prejudiciais e, em seguida, "ver o que acontece". E mesmo se isto fosse possível, o câncer eventualmente decorrente poderia levar anos para se desenvolver. Assim, os pesquisadores geralmente adotam uma abordagem tripla: estudam populações conhecidas por terem sido expostas à determinada substância química e procuram padrões de doenças, uma prática chamada epidemiologia;  estudam os efeitos em animais (como ratos ou camundongos) dosados ​​com os produtos químicos e testam se o produto químico tem potencial em ambiente de laboratório para danificar o DNA de uma célula e, assim, potencialmente causar câncer, também chamado de genotoxicidade.

Esse painel científico consultivo promovido pela EPA dos EUA foi encarregado de analisar essa abordagem tripla para uma conclusão "baseada no peso da evidência". Nessas três frentes, porém, surgiram vozes dissidentes. O relatório final do EPA observou que, com base em estudos de populações conhecidas como expostas ao agrotóxico glifosato, "alguns membros do painel acreditam que há evidências limitadas, mas sugestivas, de uma associação positiva entre a exposição ao glifosato e o risco de linfoma não-Hodgkin" e que "na opinião de alguns membros do painel, há dados suficientes para concluir que o agrotóxico glifosato é um carcinógeno para roedores". Sobre a genotoxicidade, os membros desse painel apontaram a "incerteza remanescente" sobre várias maneiras possíveis de o agrotóxico glifosato danificar as células.

"Longe de resolver o problema" da carcinogenicidade do agrotóxico glifosato, "8 dos 15 especialistas expressaram preocupações significativas da 'visão benigna da EPA' sobre o glifosato, e mais 3 expressaram preocupações sobre os dados", com base na notícia Does the World's Top Weed Killer Cause Cancer? Trump's EPA Will Decide (Roundup has revolutionized farming. Now, human health and Bayer's $66 billion deal for Monsanto depend on an honest appraisal of its safety) (por Peter Waldman, Lydia Mulvany, Tiffany Stecker e Joel Rosenblatt) da Bloomberg Businessweek de 13 de julho de 2017.

 

 

Por fim, segundo o relato de Sheppard, cientista integrante desse painel da EPA e coautora do novo estudo em questão sobre o glifosato e o linfoma não-Hodgkin, em última análise, a EPA "se uniu em si mesma para chegar à ["improvável que o glifosato cause câncer"] conclusão alcançada — simplesmente não se alinharam bem as evidências e as conclusões".

Frustrados pelo processo promovido pela EPA dos EUA, Sheppard, Zhang e Taioli decidiram se unir e investigar o que eles pensavam ser "um ponto de preocupação particular" na pesquisa epidemiológica existente: se o agrotóxico glifosato poderia estar ligado ao aumento do risco para o linfoma não-Hodgkin.

Três recentes meta-análises anteriores detectaram uma associação — Systematic review and meta-analysis of glyphosate exposure and risk of lymphohematopoietic cancers (Ellen T. Chang e Elizabeth Delzell); Non-Hodgkin Lymphoma and Occupational Exposure to Agricultural Pesticide Chemical Groups and Active Ingredients: A Systematic Review and Meta-Analysis (Leah Schinasi e Maria E. Leon) e Some Organophosphate Insecticides and Herbicides, Volume 112 (IARC/OMS) — todas essas três meta-análises surgiram em depoimentos no transcurso do julgamento de Hardeman.

 

"Embarcando em sua própria meta-análise"

Quando Sheppard e sua equipe de cientistas "embarcaram em sua própria meta-análise", eles foram capazes de incorporar um importante acervo de dados que os estudos anteriores não tinham: os últimos resultados feitos pelo Estudo de Saúde Agrícola (Agricultural Health Study), um grande projeto de várias décadas liderado por cientistas do Instituto Nacional do Câncer dos EUA [National Cancer Institute (NCI)], para rastrear os resultados da saúde entre os trabalhadores agrícolas norte-americanos e suas famílias.

Os resultados do Estudo de Saúde Agrícola foram previamente analisados ​​por uma equipe de pesquisa liderada por Gabriella Andreotti, do Instituto Nacional do Câncer dos EUA que, conforme um artigo de 2018, descobriu "nenhuma associação" entre o agrotóxico glifosato e o câncer, "incluindo o linfoma não-Hodgkin e seus subtipos".

No entanto, a equipe de Sheppard concentrou-se em um subconjunto dos mesmos dados do Estudo de Saúde Agrícola: os participantes desse estudo que foram expostos aos produtos químicos em níveis "mais biologicamente relevantes", com um "tempo de atraso" suficiente para o desenvolvimento do câncer. Em sua análise estatística, Andreotti e sua equipe classificaram os participantes que haviam sido expostos ao agrotóxico glifosato em dois grupos: aqueles com um atraso de 20 anos desde a exposição, e aqueles com um atraso de 5 anos. Entre esses grupos, Andreotti e sua equipe os dividiram em quatro outros grupos, dos menos expostos aos mais expostos. Sheppard e sua equipe usaram dados do subgrupo com 20 anos de atraso mais expostos ao agrotóxico glifosato. As pessoas do subgrupo escolhido por Sheppard e sua equipe mostraram um risco relativo de 12% cento para o linfoma não-Hodgkin. Essa descoberta "não é estatisticamente significativa" por si própria, afirmou Sheppard. Porém, segundo a notícia, quando essa análise se associa à média dos dados de outros cinco estudos de sua própria meta-análise, aparece um “elo atraente" entre os herbicidas glifosato e o linfoma não-Hodgkin.  

Um porta-voz da Bayer chamou esse estudo de "manipulação estatística" e acusou-o de ter um "número sério de falhas metodológicas". A declaração da Bayer afirma que o estudo "seleciona dados" e "combina dados incompatíveis" dos demais estudos em análise para obter o resultado.

Sheppard discordou das alegações da Bayer, incluindo a sugestão de que sua equipe “escolheu os dados”. Ela observou que os pesquisadores alertaram em sua hipótese que planejaram se concentrar nos “grupos expostos mais altos”, uma forma estabelecida de testar a carcinogenicidade do agrotóxico glifosato. A acusação de “combinar dados incompatíveis”, disse ela, poderia ser nivelada com qualquer meta-análise — que, por definição, combina dados de múltiplos estudos com diferentes estruturas. 

Em uma entrevista, Laura Beane Freeman, pesquisadora sênior do Instituto Nacional do Câncer dos EUA e coautora do artigo de 2018 do Estudo de Saúde Agrícola, afirmou que a equipe de Sheppard era "muito transparente nos números escolhidos" e considerou seu estudo "relativamente consistente com o outras meta-análises publicadas sobre esse tema". No entanto, Freeman acrescentou a suposição de que normalmente o linfoma não-Hodgkin requer um período de latência de 20 anos: provavelmente isso "não está tão bem demonstrado" na meta-análise. Freeman também observou que o grupo de 20 anos não apresentou um padrão consistente das taxas de câncer aumentando com as de exposição. A equipe de Freeman colocou os participantes expostos ao agrotóxico glifosato em quatro grupos, dos menos expostos (grupo 1) ao mais expostos (grupo 4) — este último foi o grupo que Sheppard e sua equipe escolheram. O grupo 1 apresentou risco relativo de 1,22, maior que o do grupo 4, 1,12. "Normalmente, em relação ao câncer, você espera que quanto mais exposição se tem, maior o risco", afirmou Freeman.

Então, o que fazer com tudo isso? — Segundo o autor dessa notícia, Tom Philpott, dos 12 epidemiologistas e pesquisadores de câncer que procurou para uma avaliação independente do estudo realizado por Sheppard e sua equipe, apenas uma outra cientista concordou em falar: Tracey Woodruff, da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA), que estuda como a exposição a substâncias químicas ambientais afeta o desenvolvimento inicial. Woodruff chamou o estudo da equipe de Sheppard de um "acréscimo importante à literatura" e de um "estudo bem feito que traz novas perspectivas sobre a relação entre a exposição ao agrotóxico glifosato e o linfoma não-Hodgkin". 

 

"A epidemiologia está longe de ser indiscutível"

Em uma ordem de 7 de março negando a decisão da Bayer de obstar o caso de Hardeman, o juiz Vince Chhabria1 escreveu que ela confiou "quase inteiramente nos dados epidemiológicos" para afirmar que a equipe jurídica de Hardeman "não apresentou provas" competentes que qualquer risco oferecido pelo agrotóxico glifosato era "conhecido ou conhecível" pela comunidade científica, no momento em que o demandante usou sua marca comercial Roundup. "A epidemiologia está longe de ser indiscutível", escreveu Chhabria, citando um estudo de 2003 da equipe de Sheppard para sublinhar o seu ponto de vista e que a Bayer "não pode prevalecer sobre uma proposição" para rejeitar o caso "simplesmente ignorando grandes faixas de evidências".  

Enquanto isso, à medida que surgem dúvidas sobre a carcinogenicidade do agrotóxico glifosato, seu uso continua inabalável. O setor agrícola dos EUA passou da aplicação de menos de 25 milhões de libras em 1992 para quase 300 milhões de libras em 2016. Em 2019, o Departamento de Agricultura dos EUA espera que os agricultores plantem mais de 177 milhões de acres de milho e soja — constituindo em tamanho uma área  aproximada equivalente a 1,75 "califórnias" — a maior parte dela tratada com agrotóxicos à base de glifosato. 

 

EUA: congressista propõe o Keep Food Safe from Glyphosate Act para limitar drasticamente a tolerância de resíduo de glifosato

Com base na notícia New US Bill Aims to Limit Children’s Exposure to Glyphosate Herbicides do Sustainable Pulse de 18 de março de 2019 — e no release DeLauro Introduces Keep Food Safe from Glyphosate Act de 15 de março de 2019 —, a deputada dos EUA, Rosa DeLauro, apresentou na última sexta-feira (15) a proposta de legislação Keep Food Safe from Glyphosate Act, que visa limitar drasticamente a exposição das crianças americanas aos resíduos nocivos de agrotóxicos à base de glifosato.

 

 

DeLauro sustenta que sua proposta de legislação "derrubará a administração Trump" da sua decisão de ignorar a fiscalização e monitoramento de resíduos dos agrotóxicos à base de glifosato levada a cabo pelo Departamento de Agricultura (USDA) dos Estados Unidos. A exposição aos agrotóxicos à base de glifosato, segundo um recente estudo, pode aumentar em 41% o risco de câncer nas pessoas.

"As famílias americanas merecem saber que a comida que comem e alimentam seus filhos é segura", disse a congressista DeLauro. "Mas esse não é o caso, porque o governo Trump recusa-se  fiscalizar a nossa comida para [aferição de] produtos químicos perigosos como o glifosato - um herbicida ligado ao aumento do risco de câncer. Isso é inconcebível. O Congresso precisa aprovar a Keep Food Safe from Glyphosate Act, para garantir que as corporações não lucrem [às custas] com a saúde dos americanos".

A legislação proposta por DeLauro é endossada pelo Environmental Working Group (EWG). O EWG é uma organização não partidária, sem fins lucrativos e dedicada a proteger a saúde humana e o meio ambiente. No outono passado, cientistas do EWG descobriram resíduos de glifosato em amostras de cereais populares à base de aveia (e outros alimentos) que são comercializados para crianças.

 

 

O projeto de legislação de DeLauro não apenas proibirá a aplicação desse agrotóxico, que tem sido associado ao câncer, antes da colheita da aveia, mas também exigirá que o governo federal passe a fiscalizar seus níveis de resíduos nos alimentos populares consumidos pelas crianças.

A proposta de legislação de DeLauro prevê: a proibição da pulverização do glifosato como substância dessecante sobre a aveia em pré-colheita; a redução em 300 vezes do nível admissível de resíduo desse agrotóxico na aveia, restabelecendo o nível [que era] legalmente permitido para apenas 0,1 partes por milhão, ou ppm e a exigência para que o Departamento de Agricultura (USDA) fiscalize regularmente frutas, verduras e outros alimentos rotineiramente fornecidos para bebês e crianças para aferição dos níveis de resíduos de glifosato.

Os agrotóxicos à base de glifosato são os mais aplicados no mundo e são amplamente pulverizados nos EUA sobre as culturas geneticamente modificadas de milho e soja. Mas também é cada vez mais pulverizado em aveia (e outros grãos), imediatamente antes da colheita, como dessecante.  O glifosato mata a aveia secando-a uniformemente para que seja colhida mais cedo. Isso torna sua colheita mais fácil, mas também aumenta a probabilidade desse agrotóxico deixar resíduos nocivos na aveia que é consumida pelas pessoas.

O diretor do Detox Project, Henry Rowlands, declarou sexta-feira: "Trabalhamos com alimentos, suplementos e governos em todo o mundo para reduzir a exposição das pessoas ao glifosato e esta nova lei aumentará o nível de pressão sobre os órgãos reguladores do governo dos EUA para que tomem medidas reais sobre o assunto. A certificação Glyphosate Residue Free permite que os fabricantes de alimentos tomem medidas, mas é preciso ação em todas as áreas".

"Aplaudimos a deputada DeLauro por defender mais uma vez a saúde das crianças", disse Colin O'Neil, diretor legislativo do EWG. "Nenhum pai deve se preocupar se ao alimentar seus filhos com alimentos à base de aveia também irá expô-los a um produto químico ligado ao câncer. Sabemos que os agricultores podem colher aveia sem glifosato e, para proteger a saúde das crianças, deve-se parar essa prática desnecessariamente arriscada".

O'Neil explicou que, nas últimas duas décadas, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA aumentou o nível de resíduo de glifosato permitido na aveia de 0,1 ppm para 30 ppm, em grande parte para [os interesses] "acomodar" os agricultores de aveia canadense que o usam. Essa política negligente resultou na contaminação de alimentos à base de aveia com esse cancerígeno herbicida.

Em 2016, o Detox Project e Food Democracy Now!, em um relatório inovador, revelou os resultados de extensivos testes de resíduo de glifosato em uma ampla variedade de alimentos mais vendidos nos EUA.

No ano passado, testes laboratoriais independentes encomendados pelo EWG, descobriram resíduos de glifosato em alimentos populares à base de aveia comercializados para crianças. Quase três quartos das amostras testadas tinham níveis de glifosato maiores do que os cientistas do EWG consideram "seguros à saúde" das crianças com uma "adequada margem de segurança".

 

 

Em setembro de 2018, MegaFood, Ben & Jerry's, Stonyfield Farm, Mercado Orgânico da MOM, Nature's Path, One Degree Organic Foods, National Co op op Grocers e Happy Family Organics também pediram à EPA dos EUA que limitasse severamente o nível de resíduo de glifosato permitido na aveia e proibisse sua pulverização como dessecante na pré-colheita.

Exigir que o USDA fiscalize regularmente frutas, verduras e outros alimentos rotineiramente fornecidos como alimentos às crianças em busca de resíduos de glifosato dará aos pais e consumidores informações vitais sobre potenciais vias de exposição ao herbicida, disse O'Neil.

"É chocante que a fiscalização anual de resíduos de agrotóxicos do USDA não inclua o agrotóxico mais amplamente usado nos Estados Unidos", disse ele. "Os pais merecem saber quanto dos alimentos que compram e usam para alimentar seus filhos podem estar contaminados com um produto químico altamente tóxico listado pelo estado da Califórnia como uma substância conhecida por causar câncer. A fatura da DeLauro é um importante primeiro passo para fornecer essa informação aos consumidores".

 

Agrotóxico Glifosato: 42.700 queixosos ingressaram no Judiciário norte-americano contra a Monsanto

Nos EUA, segundo a atualização mais recente (30 de outubro de 2019) dos Monsanto Papers [Roundup (Glyphosate) Cancer Cases: Key Documents & Analysis] da U. S. Rignt to Know (USRTK), aproximadamente 42.700 queixosos ingressaram com ações contra a Monsanto. 

Segundo os Monsanto Papers da USRTK, a alegação dos queixosos é que a exposição à formulação comercial do agrotóxico Roundup fez com que eles ou seus entes queridos desenvolvessem linfoma não-Hodgkin e que, de acordo com a Bayer1, que comprou a Monsanto, esta teria "acobertado esse risco". Ainda, segundo os Monsanto Papers da USRTK, como parte do processo dessa descoberta, a Monsanto teve que entregar milhões de páginas de seus registros internos. A USRTK vem divulgando estes documentos além de outros registros judiciais.

 

França ignora "prorrogação de registro" da UE e começa a proibir e negar registros de comércio para os agrotóxicos à base de glifosato

Com base na notícia L'Anses annonce le retrait de 36 produits à base de glyphosate da Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation, de l'environnement (Anses) de 9 de dezembro de 2019, após a União Europeia (UE) ter "prorrogado" em 2017 o registro de comércio por mais 5 anos para os agrotóxicos à base de glifosato, a Anses da França está revisando seus registros de comércio e uso. 

 

 

Sem aguardar o término do processo estabelecido pela UE, a Anses começou a proibir os registros contra 36 agrotóxicos à base de glifosato e negou registrar mais 4 novos. A Anses informou que a sua decisão, de retirar do comércio e proibir o uso de agrotóxicos à base de glifosato a partir do final de 2020, deve-se à insuficiência ou falta de estudos científicos da indústria que afastem qualquer risco genotóxico (suscetibilidade de danificar o DNA ou causar mutações) desse agrotóxico em prejuízo da saúde das pessoas.  

 

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1 O juiz responsável pelo julgamento de Hardeman, vítima de câncer que processa o fabricante do agrotóxico à base de glifosato, sustenta que ele acredita que o processado "provavelmente não se importa com suas vítimas", algo digno de nota, especialmente quando esse mesmo juiz desmentiu o advogado do queixoso na frente dos jurados e que também parece ter laços passados ​​com o processado".  

Em uma decisão na semana passada, o juiz Vince Chhabria escreveu:

"(...) Há fortes evidências a partir das quais um júri pode concluir que a Monsanto não se importa particularmente com o fato de seu produto estar de fato causando câncer às pessoas, concentrando-se em manipular a opinião pública e prejudicar quem levanta preocupações genuínas e legítimas sobre o assunto."

 

Confira na íntegra os questionamentos e a nota divulgada pela Bayer ao Brasil de Fato.

 

Modificado em 11-11-2020 em 21:09

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9-12-2019 - G1  & França retira permissão de venda de 36 herbicidas com glifosato [Atualmente, são comercializados 69 produtos à base do agrotóxico no país]

23-11-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Agrotóxico glifosato: trigo é flagrado com resíduo 100 vezes mais que o permitido [Sem considerar os eventuais níveis de resíduos adicionais ocultados (nos rótulos dos agrotóxicos) como "inocentes ingredientes inertes" (AMPA, POEA etc.) presentes na formulação comercial dos agrotóxicos à base de glifosato. Esse é o "alimento seguro" destinado à população?]

1-11-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Brasil: agrotóxicos à base de glifosato deixaram de ser extremamente tóxicos [Agrotóxicos à base de glifosato: nos EUA, segundo a atualização mais recente dos Monsanto Papers da U. S. Rignt to Know (USRTK), aproximadamente 42.700 pessoas ingressaram ações judiciais; a alegação dos queixosos é que a exposição à formulação comercial do agrotóxico Roundup fez com que eles ou seus entes queridos desenvolvessem linfoma não-Hodgkin]

1-11-2019 - Outras Palavras & Em governo tóxico, venenos sem restrições [Reclassificação da Anvisa permite que 93 produtos à base de glifosato deixem categoria de "extremamente tóxico". Enquanto isso, veneno é vetado na Europa e enfrenta ações nos EUA por sua relação com o desenvolvimento de câncer] 

31-10-2019 - El País & Anvisa retira alerta de consumo para produtos que podem até "corroer a córnea" [Levantamento inédito mostra que 93 produtos com glifosato tiveram classificação reduzida sob Governo Bolsonaro – ao mesmo tempo que o cerco ao pesticida se fecha no mundo]

31-10-2019 - Brasil de Fato & Glifosato deixa de ser considerado "extremamente tóxico" após mudança da Anvisa [Levantamento inédito mostra que 93 produtos com glifosato tiveram classificação reduzida pelo governo Bolsonaro]

31-10-2019 - Agência Pública & Glifosato deixa de ser considerado "extremamente tóxico" após mudança da Anvisa [Levantamento inédito mostra que 93 produtos com glifosato tiveram classificação reduzida pelo governo Bolsonaro – ao mesmo tempo que o cerco ao pesticida se fecha no mundo]

  

30-10-2019 - The Real Truth About Health & The Story Of Monsanto's Glyphosate by Carey Gillam [Carey Gillam is a veteran investigative journalist, researcher and writer with more than 25 years of experience covering corporate news, including 17 years as a senior correspondent for Reuters international news service. She has specialty knowledge regarding the rise of biotech crop technology and associated rise in pervasive pesticide use in our food production system. Gillam works now as research director for the nonprofit consumer group U.S. Right to Know. Gillam has won several industry awards for her work and been recognized as one of the top journalists in the country covering food and agriculture. She is a frequent commentator on broadcast programs and appears as a public speaker at conferences and universities to share her knowledge of hotly debated issues involving food and agriculture. Her new book "Whitewash-The Story of a Weed Killer, Cancer and the Corruption of Science" was released in October 2017].

10-9-2019 - DW Documental & La fusión y sus consecuencias [Un año después de adquirir Monsanto, Bayer se ve afectado por la imagen negativa de esta. La empresa de Leverkusen también es responsable de los problemas jurídicos del pasado y de los miles de demandas pendientes del gigante estadounidense. Desde hace mucho tiempo, el Roundup, un herbicida que contiene glifosato y que Monsanto vende en todo el mundo, es sospechoso de causar cáncer. Un tribunal de California acaba de conceder más de dos mil millones de dólares por daños y perjuicios a una pareja. El año pasado, el precio de las acciones de Bayer se redujo a la mitad y las consecuencias se dejan sentir en la misma empresa: en los próximos años se suprimirán unos 12.000 puestos de trabajo en todo el mundo, una gran parte de ellos en Alemania. El Consejo de Administración del promotor de la fusión, el director general Werner Baumann, se encuentra cada vez más presionado. Recientemente, los accionistas incluso se negaron a aprobar las acciones del consejo directivo. Bayer está en medio de su mayor crisis.El reportaje traza los efectos de la fusión y sigue nuevas huellas de los posibles riesgos para la salud del glifosato. ¿Cómo intentó Monsanto influir en los políticos, los científicos y la opinión pública en el pasado? ¿Los estadounidenses negaron y minimizaron amenazas conocidas internamente? ¿Y Bayer se distancia realmente de estas prácticas?]

10-9-2019 - The Intercept Brasil & Monsanto orquestrou o esforço do Partido Repúblicano para intimidar pesquisadores [ Em 20

13-7-2019 - G1 & Cereais matinais vendidos nos EUA têm níveis de glifosato acima do permitido, diz ONG [De acordo com a ONG Environmental Work Group, os alimentos comercializados por 20 marcas apresentaram níveis 5 vezes acima do considerado seguro]

23-5-2019 - Correio do Povo & Ministra da Agricultura diz que aprovação de novos agrotóxicos é técnica e defende uso do glifosato [Na Câmara dos Deputados, Tereza Cristina cita, ainda, regularização fundiária entre prioridades da pasta]

22-5-2019 - El País & O câncer que espreita a Monsanto [Com 13.400 processos, a batalha judicial em torno do glifosato está apenas começando nos EUA. O pesticida foi declarado "provavelmente cancerígeno" pela OMS (...) "A decisão da IARC mudou tudo", reconhece Weisner. Essa decisão é hoje o principal fator de dúvida na consideração internacional do glifosato. Foi por causa dela que escritórios como este de Los Angeles (Baum Hedlum Aristei Goldman, BHAG) viram chances para esses processos, que as pessoas se animaram a denunciar, e que três júris diferentes — até agora — tiveram suficientes dúvidas sobre a relação entre o glifosato e o câncer a ponto de condenar a Monsanto por não advertir sobre o fato nas embalagens, entendo que a multinacional agiu de forma maliciosa. (...)"]

19-5-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: agrotóxico e 'ausência de critérios maléficos'... não há novidade... [Será mesmo?]

14-5-2019 - RFI & Monsanto é condenada pela 3ª vez a pagar indenização bilionária por agrotóxico Roundup [Um júri dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira (13) a Monsanto, propriedade do grupo alemão Bayer, a pagar US$ 2 bilhões a um casal de americanos com câncer atribuído ao polêmico agrotóxico Roundup, que contém glifosato. Este é o terceiro processo consecutivo que a empresa perde na justiça americana]

13-5-2019 - The Guardian & Monsanto must pay couple $2bn in largest verdict yet over cancer claims [California jury holds makers of Roundup weedkiller responsible for couple contracting non-Hodgkin's lymphoma]

9-5-2019 - Câmara dos Deputados & Anvisa libera agrotóxico que poderia ser cancerígeno [A agência fez a reavaliação do glifosato, conhecido como "mata-mato", após denúncia de órgão internacional para pesquisa sobre o câncer]

7-5-2019 - U. S. Right to Know & White House Has "Monsanto's Back on Pesticides," Newly Revealed Document Says [Internal Monsanto records just filed in court show that a corporate intelligence group hired to "to take the temperature on current regulatory attitudes for glyphosate" reported that the White House could be counted on to defend the company's Roundup herbicides. In a report attached to a July 2018 email to Monsanto global strategy official Todd Rands, the strategic intelligence and advisory firm Hakluyt reported to Monsanto the following: "A domestic policy adviser at the White House said, for instance: 'We have Monsanto's back on pesticides regulation. We are prepared to go toe-to-toe on any disputes they may have with, for example, the EU. Monsanto need not fear any additional regulation from this administration."]

3-5-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: regulamentação de agrotóxicos, EFSA, EPA...

24-4-2019 - Baum, Hedlund, Aristei & Goldman & Roundup Cancer Attorneys Release New Monsanto Papers Documents [The law firm of Baum, Hedlund, Aristei & Goldman made public today hundreds of pages of newly de-classified internal Monsanto documents, including company email exchanges, reports, studies and other memoranda.

Searchable Chart of New Monsanto Papers – Release #2

Searchable Master Chart of Combined Monsanto Papers

Baum, Hedlund, Aristei & Goldman obtained the documents via discovery (pre-trial civil procedure allowing the parties in litigation to obtain evidence from each other) in the ongoing Monsanto Roundup litigation. The firm sits on the leadership of the federal Roundup multidistrict litigation (MDL) and on the California state court Roundup Judicial Council Coordination Proceedings (JCCP). The documents released today are part of the growing trove of documents known as the Monsanto Papers. The Monsanto Papers tell an alarming story of ghostwriting, scientific manipulation, collusion with the Environmental Protection Agency (EPA), and previously undisclosed information about how the human body absorbs glyphosate. These documents allow people to see what is happening “behind the curtain” of secrecy that normally shrouds ongoing litigation and provides a deeper understanding of the serious public health consequences surrounding Monsanto's conduct in marketing Roundup]

23-4-2019 - Scientific Reports & Assessment of Glyphosate Induced Epigenetic Transgenerational Inheritance of Pathologies and Sperm Epimutations: Generational Toxicology

23-4-2019 - Beyond Pesticides & U.S. Health Agency Concurs with International Findings Linking Weed Killer Glyphosate to Cancer, while Inspector General Investigates Misconduct at EPA ["If I can kill this I should get a medal," Jess Rowland, former Deputy Division Director of the Office of Pesticide Programs at the U.S. Environmental Protection Agency (EPA) told Dan Jenkins, U.S. Agency Lead for Regulatory Affairs at Monsanto, in April 2015. The two were discussing the Monsanto officials' desire to halt an impending investigation by the U.S. Department of Health and Human Services (DHHS) into the health risks that the weed killer glyphosate poses to the public. But despite the attempts of an apparently corrupt EPA official, earlier this month DHHS' Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR) released its first draft on the Toxicological Profile for Glyphosate. Top-line findings appear consistent with conclusions made by the World Health Organization's International Agency for Research on Cancer (IARC) on the carcinogenicity of glyphosate]

23-4-2019 - Sustainable Pulse & Glyphosate Causes Serious Multi-Generational Health Damage to Rats – New WSU Research [Washington State University (WSU) researchers have found a variety of diseases and other health problems in the second- and third-generation offspring of rats exposed to glyphosate, the world’s most used weed killer. In the first study of its kind, the researchers saw descendants of exposed rats developing prostate, kidney and ovarian diseases, obesity and birth abnormalities]

22-4-2019- Plural & Política da Anvisa para glifosato é arriscada, diz pesquisadora [Fernanda Savicki de Almeida, da Fiocruz, comenta liberação de agrotóxico]

12-4-2019 - G1 & Governo Trump diz que proibição do glifosato no Vietnã terá 'efeitos devastadores' [Ministro da Agricultura americano, Sonny Perdue, vê impacto para a produção agrícola mundial. País asiático decidiu banir o agrotóxico, citando seu impacto no meio ambiente e na saúde]

12-4-2019 - Asia Times & Cancer-causing herbicides banned in Vietnam [Authorities to recall and destroy herbicides a year after ban takes effect, while Thailand says it will ban glyphosate, paraquat and chlorpyrifos in 2021. Vietnamese authorities have banned herbicides containing glyphosate after it was discovered that the substance causes cancer. On April 10, the Ministry of Agriculture and Rural Development in Vietnam announced that its decision would take effect 60 days after senior officials sign off on the move, VN Express reported. Glyphosate-based herbicides will be banned from being produced or imported into Vietnam. Hoang Trung, head of the Plant Protection Department, said products with glyphosate that are still in the market could still be allowed to be used or sold up to one year from the day the regulation takes effect. After that period, glyphosate-basedill be collected and destroyed]

11-4-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & EUA: relatório federal preliminar da ATSDR 'confirma vínculos do glifosato com câncer' [O relatório federal preliminar Toxicological Profile for Glyphosate & Draft for Public Comment da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR) [Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças] sobre o perfil toxicológico do agrotóxico glifosato, "confirma seu vínculo com o câncer". Nos EUA, o relatório da ATSDR está sob consulta pública]

11-4-2019 - Natural Resources Defense Council (NRDC) & ATSDR Report Confirms Glyphosate Cancer Risks [This week a public health agency of the U.S. Department of Health and Human Services (DHHS), the Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), released the long-awaited Draft Toxicological Profile for Glyphosate. And, it supports and strengthens the 2015 cancer assessment of another health agency, the International Agency for Research on Cancer (IARC)]

11-4-2019 - Reuters & U.S. criticizes Vietnam ban of glyphosate herbicide imports

11-4-2019 - Reuters & CEO sees Bayer 'massively' affected by herbicide litigation [Bayer's chief executive on Thursday acknowledged the German maker of pharmaceuticals and crop chemicals was facing massive challenges from a wave of lawsuits over an alleged carcinogenic effect of its Roundup weedkiller. "We have lost two cases in lower courts. That is why the company is massively affected. You see it in our share price," CEO Werner Baumann said in a panel discussion at an academic business event in Cologne. "You see it selectively, mainly here in Germany and in France - less so in the USA - in our reputational scores," he added]

11-4-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & EUA: relatório federal preliminar da ATSDR 'confirma vínculos do glifosato com câncer' [O relatório federal preliminar Toxicological Profile for Glyphosate & Draft for Public Comment da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR) [Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças] sobre o perfil toxicológico do agrotóxico glifosato, "confirma seu vínculo com o câncer". Nos EUA, o relatório da ATSDR está sob consulta pública]

11-4-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Casal Hardeman: 'Eles deveriam estar conosco quando estávamos na enfermaria de quimioterapia' [O jornal britânico The Guardian revelou (por Sam Levin) a luta do agricultor norte-americano Edwin Hardeman, 70, que provou a um júri de uma corte federal dos EUA a causa do seu linfoma não-Hodgkin (LNH) & Hardeman Couple: 'They should be with us when we were in the chemotherapy ward' & The British newspaper The Guardian revealed (by Sam Levin) The fight of U.S. farmer Edwin Hardeman, 70 years old, who proved to a jury of a USA federal court the cause of his non-Hodgkin lymphoma (NHL)]

11-4-2019 - GMWatch & Links to cancer shown in US federal draft report on glyphosate [Report that alleged Monsanto collaborator at the EPA tried to "kill" is finally published. A draft US federal report has confirmed links between glyphosate, the active ingredient in Roundup weedkiller, and some forms of cancer. The report could have a damaging impact on Bayer/Monsanto’s attempt to defend the large number of legal cases involving its weedkiller. On April 8, the Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), which is tied to the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) and is part of the US Department of Health and Human Services, released its long-awaited draft toxicological report on glyphosate. It had been delayed for over three years, allegedly thanks to the efforts of Monsanto and a group of high-ranking officials within the US Environmental Protection Agency (EPA)]

11-4-2019 - VN Express International & Vietnam bans cancer-causing herbicides following Roundup verdict [The Plant Protection Department has announced that based on findings the substance causes cancer, herbicides containing glyphosate are banned]

11-4-2019 - Sustainable Pulse & Links to Cancer Shown in New US Federal Draft Report on Glyphosate [A draft US federal report has confirmed links between glyphosate, the active ingredient in Roundup weedkiller, and some forms of cancer. The report could have a damaging impact on Bayer/Monsanto’s attempt to defend the large number of legal cases involving its weedkiller, GM Watch reported Thursday]

11-4-2019 - BBC & Monsanto liable for French farmer’s ill health [US biotech giant Monsanto is legally responsible for the ill health of a farmer who ingested its weedkiller product, a French court has ruled]

11-4-2019 - DW & Agricultor francês ganha processo contra Monsanto [Justiça responsabiliza empresa por problemas neurológicos de homem que diz ter inalada herbicida acidentalmente. Ele exige 1 milhão de euros de indenização. Bayer, dona da Monsanto, cogita recorrer]

9-4-2019 - Brasil de Fato & Ministra afirma que não há como banir agrotóxico cancerígeno das lavouras brasileiras [Em audiência pública realizada nesta terça (9), ministra da Agricultura foi questionada sobre uso de glifosato (...) "Não existe ainda outro produto que substitua o glifosato. Por que tem essa polêmica toda? O glifosato, para ser banido, precisa ser substituído. Se for usado de maneira correta, com equipamento, diminui muito o risco", afirmou (...)]

5-4-2019 - Truthout & Bayer and Monsanto Defend Themselves With Science They Funded [Janine Jackson: The case is called Edwin Hardeman v. Monsanto, which sounds something like David v. Goliath. Hardeman is a 70-year-old man who says using RoundupMonsanto's weed killer, for nearly 30 years caused his non-Hodgkin’s lymphoma. And Monsanto is, well, Monsanto. Recently acquired by German drug and crop chemicals company Bayer for some $66 billion, the corporate behemoth commands more than a quarter of the combined world market for seeds and pesticides, with a famously active PR machine. And yet Goliath lost. The jury in US District Court in San Francisco returned the necessary unanimous decision, finding that Roundup caused, or was a substantial factor in causing, Hardeman's cancer. And that Monsanto should be held liable, because the herbicide is not labeled to warn of that risk. The company, naturally, is appealing. But with more than 11,000 other cases in the wings, this story isn't going away anytime soon. Our next guest has been following this case and others. A longtime food and agriculture journalist at Reuters, Carey Gillam is now research director at US Right to Know, and author of the book Whitewash: The Story of a Weed Killer, Cancer and the Corruption of Science, out from Island Press. She joins us now by phone from Kansas. Welcome back to CounterSpin, Carey Gillam (...)]

1-4-2019 - Sustainable Pulse & Monsanto Spent $17 Million in One Year to Discredit International Cancer Agency over Glyphosate Classification [How badly did Monsanto want to discredit international cancer scientists who found the company’s glyphosate herbicide to be a probable human carcinogen and promote a counter message of glyphosate safety instead? Badly enough to allocate about $17 million for the mission, in just one year alone, according to evidence obtained by lawyers representing cancer victims suing Monsanto]

28-3-2019 - DW & Bayer é condenada a pagar indenização de US$ 80 milhões por glifosato [Júri nos EUA decide que empresa deverá indenizar vítima por não alertar sobre o risco apresentado pelo herbicida Roundup, amplamente utilizado ao redor do mundo mas, segundo a OMS, potencialmente cancerígeno]

28-3-2019 - Sustainable Pulse & US Jury Punishes Bayer with $81 Million Damages Ruling in Latest Glyphosate Cancer Trial [A jury in the U.S. has found for the second time that Bayer/Monsanto’s glyphosate-based herbicide Roundup causes cancer and awarded $81 Million in damages on Wednesday to the plaintiff Edwin Hardeman]

28-3-2019 - RFI & Monsanto deverá pagar multa para aposentado que atribui câncer a Roundup [A empresa Monsanto foi declarada culpada, nesta quarta-feira (28), de negligência por um júri da Califórnia e condenada a pagar US$ 81 milhões de dólares a Edwin Hardeman, um aposentado americano que sofre de um câncer que ele atribui ao herbicida Roundup]

27-3-2019 - The Guardian & Monsanto found liable for California man's cancer and ordered to pay $80m in damages [Agrochemical corporation found responsible for Roundup weedkiller's health risks in 'bellwether' federal trial]

25-3-2019 - Sustainable Pulse & Vietnam Bans Import of Glyphosate Herbicides after US Cancer Trial Verdict [Vietnam has announced that it has banned the import of all glyphosate-based herbicides with immediate effect following the latest cancer trial verdict from San Francisco, in a move which has shaken Bayer’s Asian market for its top-selling product. Hoang Trung, Director of the Plant Protection Department under the Ministry of Agriculture and Rural Development, stated Saturday to Tuoi Tre newspaper that  the import and trans-national trading of herbicides containing glyphosate would be banned immediately. Glyphosate herbicides are currently widely used in Vietnam]

22-3-2019 - DW & Sob suspeita nos EUA, glifosato segue inabalável no Brasil [Apontado como causador de câncer em julgamento na Califórnia, agrotóxico é o mais usado nas plantações brasileiras. Agronegócio acompanha com atenção]

21-3-2019 - Rede Brasil Atual & Agrotóxico glifosato tem nova condenação nos EUA por causar câncer [O júri ainda vai julgar a responsabilidade da Bayer, dona da Monsanto, que desenvolveu a fórmula. Em fevereiro, a Anvisa liberou o produto no Brasil, ignorando pesquisas que o apontam como cancerígeno]

21-3-2019 - Sustainable Pulse & Los Angeles County Suspends Use of Glyphosate Herbicides over Safety Concerns [The Los Angeles County Board of Supervisors directed all departments to stop using the world’s most used weedkiller glyphosate, it reported on Tuesday]

21-3-2019 - El País & Justiça dos EUA considera que herbicida da Monsanto liberado no Brasil causou segundo caso de câncer [A nova derrota judicial pode servir de precedente para milhares de ações contra o pesticida Roundup]

20-3-2019 - RFI & Ações da Bayer despencam após segunda condenação do glifosato na origem de um câncer [As ações do grupo alemão Bayer caíram mais de 10% na manhã desta quarta-feira (20) na bolsa de valores de Frankfurt, na Alemanha. A degringolada acontece no dia seguinte de a justiça americana considerar, pela segunda vez, o glifosato – princípio ativo do herbicida Roundup, marca comprada pela Bayer – como um produto cancerígeno]

20-3-2019 - BBC News & Weedkiller glyphosate a 'substantial' cancer factor [A US jury has found that one of the world's most widely-used weedkillers was a "substantial factor" in causing a man's cancer. Pharmaceutical group Bayer had strongly rejected claims that its glyphosate-based Roundup product was carcinogenic. But the jury in San Francisco ruled unanimously that it contributed to causing non-Hodgkin's lymphoma in California resident Edwin Hardeman. The next stage of the trial will consider Bayer's liability and damages]

20-3-2019 - Brasil de Fato & Júri nos EUA considera que o glifosato, herbicida mais usado no Brasil, causa câncer [Corte da Califórnia viu relação causal entre câncer e a exposição ao Roundup, herbicida da Bayer à base de glifosato]

20-3-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & EUA: júri concluiu que o agrotóxico foi 'fator substancial' para câncer de agricultor [Depois de deliberar por uma semana o júri, integrado por cinco mulheres e um homem, chegou a um veredicto unânime em favor do agricultor Ed Hardeman, 70. Para chegar a essa decisão, o júri efetivamente rejeitou o argumento do fabricante do agrotóxico glifosato de que "não há como se saber o que causou seu linfoma não-Hodgkin" & USA: Jury concluded that agrotoxicity was'substantial factor' for farmer's cancer & After deliberating for a week the jury, integrated by five women and a man, reached a unanimous verdict in favor of farmer Ed Hardeman, 70. To reach this decision, the jury effectively rejected the manufacturer's argument of the agrotoxic glyphosate that "there isn't to know how what caused his non-Hodgkin's lymphoma"]

19-3-2019 - The Guardian & Monsanto: Roundup substantial factor in man's cancer, jury finds in key verdict [Federal jury’s decision in case of man who said he used weedkiller for decades could affect hundreds of other plaintiffs]

19-3-2019 - Sustainable Pulse & California Jury Finds Roundup Weedkiller to be 'Substantial Factor' in Causing Man's Cancer [A California federal jury found Tuesday that Monsanto's Roundup weedkiller was likely a substantial factor in causing a man’s cancer, delivering a major blow to the Bayer AG unit in the first such federal bellwether trial and setting the stage for a second phase to determine damages]

18-3-2019 - Environmental Health News & What's the world's most widely used herbicide doing to tiny critters? [Glyphosate-based herbicides are not supposed to harm wildlife. But lab studies keep finding otherwise]

17-3-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Cientistas encontram novas evidências preocupantes entre agrotóxicos à base de glifosato e câncer [Um novo estudo — Exposure to Glyphosate-Based Herbicides and Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: A Meta-Analysis and Supporting Evidence — sugere que pessoas expostas a "grandes doses" de agrotóxicos à base de glifosato "têm um risco elevado de desenvolver o linfoma não-Hodgkin"]

17-3-2019 - Sustainable Pulse & New US Bill Aims to Limit Children's Exposure to Glyphosate Herbicides [Rep. Rosa DeLauro (D-Conn.) introduced legislation Friday to dramatically limit American children's exposure to glyphosate, the active ingredient in Monsanto's Roundup weedkiller, in food. The bill would not only ban pre-harvest spraying of glyphosate on oats but also require the federal government to test foods popular with children for the herbicide, which has been linked to cancer]

15-3-2019 - Press Release/Rosa DeLauro & DeLauro Introduces Keep Food Safe from Glyphosate Act [This week, Congresswoman Rosa DeLauro (CT-03) introduced the Keep Food Safe from Glyphosate Act, new legislation that would overturn the Trump Administration's decision to ignore glyphosate residues in the United States Department of Agriculture's (USDA) annual pesticide residue monitoring survey. Exposure to glyphosate—the weed killer made popular by Monsanto—was recently found to increase the risk of cancer by 41%. "American families deserve to know that the food they are eating and feeding to their children is safe," said Congresswoman DeLauro. "But that is not the case because the Trump Administration refuses to test our food for dangerous chemicals like glyphosate—an herbicide linked to increased risk of cancer. That is unconscionable. Congress needs to pass the Keep Food Safe from Glyphosate Act to ensure corporations are not profiting at the expense of Americans' health."]

15-3-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Na "dose segura": novo estudo toxicológico revela efeitos nocivos dos GBHs [Novo estudo, realizado por várias instituições científicas independentes em todo o mundo, descobriu que a exposição aos agrotóxicos herbicidas à base do i. a. glifosato [glyphosate-based herbicides (GBHs)] causou efeitos reprodutivos e de desenvolvimento em ratos machos e fêmeas, em um nível de dose tido nos EUA "como seguro" (1,75 mg/ kg pc/dia) - In the "safe dose": new toxicological study shows harmful effects of GBHs & A new study, made by several independent scientific institutions around the world, found that exposure to herbicide-based herbicides I.A. glyphosate-based herbicides (GBHs) caused reproductive and developmental effects in male and female rats at a dose level in the US "as safe" (1.75 mg / kg bw / day)]

14-3-2019 - Mother Jones & Scientists Found Worrisome New Evidence About Roundup and Cancer [A closely watched lawsuit against the weedkiller’s maker hinges on the link]

14-3-2019 - Rede Brasil Atual & Nota técnica da Anvisa sobre glifosato ignora riscos à saúde da população [Documento do órgão afirma, por exemplo, que o agrotóxico não provoca mutação genética nem é cancerígeno, negando diversos estudos do meio científico. A nota técnica divulgada pela Anvisa sobre o uso de glifosato no Brasil, agrotóxico mais utilizado no país, "não é séria", segundo análise da pesquisadora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), Larissa Mies Bombardi, autora do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia]

13-3-2019 - Sustainable Pulse & Global Glyphosate Study Pilot Phase Shows Reproductive and Developmental Effects at 'Safe' Dose [A new study, performed by multiple independent scientific institutions around the world, has found that exposure to glyphosate-based herbicides (GBHs), including Roundup, caused reproductive and developmental effects in both male and female rats, at a dose level currently considered safe in the U.S. (1.75 mg/kg bw/day)]

13-3-2019 - Organic Consumers Association & Judge in Second Roundup Cancer Trial Worked for Firm that Defended Monsanto [On March 12, both sides in the Edwin Hardeman vs. Monsanto case delivered their closing arguments in San Francisco Federal Court. Hardeman sued Monsanto (now owned by Bayer), alleging that his longtime use of Roundup weedkiller caused his non-Hodgkin lymphoma cancer. The jury could return its verdict any day now. The six-juror panel must return a unanimous decision, or a mistrial will be called. A new trial would likely take place in May. If the jury returns a guilty verdict, the case will enter the second phase, where Monsanto’s liability will be determined and damages may be awarded to the plaintiff. This week’s closing  arguments followed a recent favorable ruling for the plaintiff—this despite new revelations about Chhabria’s past ties to Monsanto]

13-3-2019 - Le Monde & Le glyphosate suspecté d’être un perturbateur endocrinien [Une étude, publiée le 12 mars par un consortium international de chercheurs, ajoute une nouvelle controverse sur ce produit déjà soupçonné d’être génotoxique ou cancérogène]

11-3-2019 - The Ramazzini Institute & Global Glyphosate Study Pilot Phase Shows Reproductive and Developmental Effects at 'Safe' Dose [A new study has found that exposure to glyphosate-based herbicides (GBHs), including Roundup, caused reproductive and developmental effects in both male and female rats, at a dose level currently considered safe in the U.S. (1.75 mg/kg bw/day)]

10-3-2019 - Folha de S.Paulo & Licença para envenenar [No Congresso já houve CPI dos agrotóxicos; todos acharam melhor seguir 'o curso normal' (...) O Conselho de Pesquisa Científica da ONU denunciou o agrotóxico glifosato, na semana passada, como potencial causador de câncer. A França estabeleceu, há pouco, duras restrições a determinados agrotóxicos (...). A União Europeia proibiu o uso do agrotóxico atrazina e, já numerosos agrotóxicos com restrições, seguem-se outros. Todos eles, e muitos outros, por ameaça ao consumidor e envenenamento do meio ambiente. Esses agrotóxicos estão, porém, nos pratos e marmitas do almoço e do jantar brasileiros, no café da manhã e no lanche, em doses e guloseimas. E no ar (...)"]

8-3-2019 - WPBF & Lake Worth woman files billion dollar lawsuit against Bayer [Melanie LaFond blames RoundUp weed killer for her throat cancer]

8-3-2019 - Brasil de Fato & "Brasileiro sofre com problemas crônicos por uso de agrotóxicos", afirma pesquisadora [No programa Entre Vistas, da TVT, Larissa Bombardi ressaltou os perigos da aplicação intensiva de venenos nas lavouras]

7-3-2019 - Sustainable Pulse & European Court of Justice Orders EU Regulators to Publicly Release Secret Industry Glyphosate Studies [The European Court of Justice (ECJ) has ordered the European Food Safety Authority (EFSA) to release all of the secret carcinogenicity and toxicity pesticide industry studies on glyphosate to the general public, in a huge legal victory for public health protection. The full ECJ press release, published Thursday (...)]

7-3-2019 - Monitor Mercantil & Glifosato: consulta pública da Anvisa sobre o 'veneno' manipula dados [​​​​​​​Liberação de novos agrotóxicos para a agricultura atinge níveis preocupantes no governo Bolsonaro]

15-2-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Novo estudo evidencia que ligação entre o glifosato e o linfoma não-Hodgkin é mais forte do que o anteriormente relatado [Novo estudo da Universidade de Washington, EUA, fornece a análise mais atualizada do agrotóxico glifosato e sua ligação com o linfoma não-Hodgkin (LNH), e incorpora um estudo realizado em 2018 em mais de 54 mil pessoas que trabalham como aplicadores de agrotóxicos licenciados. Vários estudos e avaliações internacionais tiveram conclusões diferentes sobre se esse agrotóxico leva ao câncer em humanos & New study shows that the link among glyphosate and non-Hodgkin's lymphoma is stronger than previously reported & New study by the University of Washington, USA, provides the most up-to-date analysis of glyphosate agrotoxicity and its linkage to non-Hodgkin lymphoma (LNH), and incorporates a study conducted in 2018 in more than 54000 people working as pesticide applicators Licensed. Several international studies and assessments had different conclusions about whether this agrotoxicity causes cancer in humans]

19-1-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & UE: avaliação da renovação do uso do agrotóxico glifosato foi baseada em plágio? [Relatório para o Parlamento Europeu sustenta que a renovação do uso do agrotóxico glifosato na União Europeia (EU) foi baseada em texto plagiado produzido pela própria Monsanto. Members of the European Parliament (MEPs) afirmam que relatório para o Parlamento Europeu "explica por que os reguladores da UE descartaram alertas sobre o perigo desse agrotóxico" & EU: Evaluation of the renewal of the use of agrotoxic glyphosate was based on plagiarism? & Report to the European Parliament maintains that the renewal of the use of glyphosate in the European Union (EU) was based on plagiated text produced by Monsanto itself. Members of the European Parliament (MEPs) state that a report to the explains why EU regulators have ruled out warnings about the danger of agrochemicals"]

11-12-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & China deve introduzir um LMR ao agrotóxico glifosato [A China deve introduzir um limite máximo de resíduo (LMR) de 200 partes por bilhão (ppb) ou menos ao agrotóxico glifosato, em todos as commodities agrícolas que importa, incluindo grãos, soja e outras leguminosas antes do final de 2019, segundo fontes do Sustainable Pulse & China should introduce an MRL to the agrotoxic glyphosate & China should introduce a maximum residue limit (MRL) of 200 parts per billion (ppb) or less to the agrotoxic glyphosate, in all agricultural commodities that matter, including grains, soybeans and other legumes before the end of 2019, according to sources of Sustainable Pulse]

9-12-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & EUA: relatório do CEH denuncia altos níveis de glifosato em mais de 70% dos lanches à base de cereais [O agrotóxico glifosato, o ingrediente ativo do herbicida mais utilizado no mundo, é aplicado em fazendas que cultivam milho, soja, aveia e centenas de outras culturas. Desses cultivos, o agrotóxico pode fazer o seu caminho para a comida & USA: Report of the CEH denounces high levels of glyphosate in more than 70% of cereal-based snacks & The agrotoxic glyphosate, the active ingredient of the most widely used herbicide in the world, is applied in farms that cultivate maize, soybean, oats and hundreds of other crops. Of these crops, agrochemicals can make their way to food]

9-11-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & O relatório da ONU contra os agrotóxicos não pode ser esquecido ["Usar mais agrotóxicos não tem nada a ver com a eliminação da fome. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somos capazes de alimentar 9 bilhões de pessoas hoje. A produção está definitivamente aumentando, mas o problema é a pobreza, a desigualdade e a distribuição [de alimentos]". — Hilal Elver, relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação & The UN report against pesticides can't  be forgotten & "Using more pesticides has nothing to do with the elimination of hunger. According to the United Nations Food and Agriculture Organization (FAO), we're able to feed 9 billion people today. The production is definitely increasing, but the problem is poverty, inequality and distribution [of food]". — Hilal Elver, UN Special rapporteur on the right to food]

20-10-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & União Europeia (UE): investigações do britânico The Independent e do Greenpeace revelaram tática de lobby em favor do glifosato [Ambientalistas acusaram os organizadores de uma "campanha de lobby de seis dígitos" destinada a defender um polêmico agrotóxico com o emprego de "táticas dos lobistas do tabaco" & European Union (EU): investigations by the British the Independent and Greenpeace revealed lobbying tactics in pro of glyphosate & Environmentalists accused the organizers of a "six-digit lobbying campaign" aimed at defending an agrotoxic polemic with the Use of "tobacco lobbyists' tactics"]

4-10-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Relatórios da FDA e da Cornell University mostram resíduos do agrotóxico glifosato em milho, soja e ração animal [Em 1999, o "nível seguro" (MRL, em inglês) estabelecido pela EPA para soja foi elevado de 0,1 mg / kg (100 ppb) para 20 mg / kg (20.000 ppb) nos EUA e na Europa. Da mesma forma, em 2004, o Limite Máximo de Resíduo (LMR) do agrotóxico glifosato no Brasil para soja foi elevado de 0,2 mg / kg (200 ppb) para 10 mg / kg (10.000 ppb) & FDA and Cornell University reports show residues of agrotoxic glyphosate in maize, soybean and animal feed & In 1999, the "Safe level" (MRL) established by the EPA for soybean was elevated from 0.1 mg/kg (100 ppb) to 20 mg/kg (20,000 ppb) in the U.S.A. and Europe. Similarly, in 2004, the maximum residue limit (MRL) of glyphosate agrotoxicity in Brazil for soybean was elevated from 0.2 mg/kg (200 ppb) to 10 mg/kg (10,000 ppb)]

19-8-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: agrotóxico glifosato e o alegado "risco zero para a saúde" [Diretor da Sociedade Rural Brasileira afirma em notícia que o "glifosato tem risco zero para a saúde" das pessoas e que o Ministério Público Federal quer "transformar 'disparates' em 'verdades absolutas'"; porém, a realidade toxicológica da formulação comercial do agrotóxico à base de glifosato é outra & Opinion by Direx: agrotoxic glyphosate and the alleged "zero risk to health" & Director of the Brazilian Rural Society says in the news that "glyphosate has zero risk to people's health" and that the Federal Public Ministry wants to "in 'absolute truths' "But the toxicological reality of the commercial formulation of glyphosate-based pesticide is another]

10-8-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: o caso do agrotóxico glifosato [Cancelamento de registro, reavaliação toxicológica, câncer e julgamento nos EUA & Direx's Opinion: The Case of Agrotoxic Glyphosate & Cancellation of Registration, Toxicological re-evaluation, cancer and trial in the U.S.]

19-10-2017 - Reuters & In glyphosate review, WHO cancer agency edited out "non-carcinogenic" findings [When the International Agency for Research on Cancer assessed the best-selling weedkiller glyphosate, significant changes were made between a draft of its report and the published version. The agency won't say who made the changes or why]