Por Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR)

 

Algumas considerações como contribuição às discussões que são travadas entre os fiscais agropecuários deste estado:

Muitos, preocupados de forma obtusa apenas com as filigranas legais/técnicas do texto do PL 1293/2021, ainda não perceberam, mas o serviço público estatutário do executivo está em acelerado processo de destruição pela PEC 32/2020. É bom prestar muita atenção na neoliberal [d]eforma administrativa em curso.

O PL citado acima nada mais é do que um prenúncio dessa iminente destruição.

 

  

Como consequência, o servidor público estatutário do executivo — incluído o fiscal agropecuário — se tornará um "peso" para o nefasto contexto político/ideológico com viés neoliberal, portanto, deverá continuar a ser precarizado (ou seja: contínua desvalorização e achatamento salarial) até que seja "descartado" pela aposentadoria (por isso, esse nefasto contexto já tratou de literalmente destruir a sua Previdência pública: pelo alongamento do tempo de aposentadoria e achatamento do respectivo provento).

A ideologia da "modernização", um eufemismo vinculado ao PL em questão, significa a privatização indireta (pelo binômio "autocontrole privado" & auditoria) da fiscalização agropecuária pública.

Chamamos muita atenção para o seguinte fato: em ambiente de privatização indireta [para o neoliberalismo (abertura de novos nichos e acumulação para o setor privado), tomado por celetistas temporários precarizados e pelos novos fiscais agropecuários absurdamente também precarizados (pela estrutura ruim de carreira, com sérias restrições de desenvolvimento horizontal e vertical na carreira, não haverá promoção e progressão baseada apenas no tempo de serviço, com salário de ingresso rebaixado etc.) sob a nociva égide da EC que derivar da PEC 32/2020.

 

 



As coisas começaram a mudar, infelizmente! E para uma conjuntura extremamente ruim!  

Desta forma, comece a se preocupar única e exclusivamente com o destino da sua carreira própria; diante da atual conjuntura, absurdamente adversa, o norte a seguir pelo fiscal agropecuário lúcido, consciente e com capacidade reflexiva e crítica, é a luta incessante pelo desenvolvimento da sua carreira própria, pelo reconhecimento, valorização e justiça salarial.