Por Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR)

 

 

Nesta síntese, que apenas tangencia a conjuntura, alertamos que os do andar de cima (os muito ricos ou, mais precisamente, a lumpemburguesia periférica), na ganância desmesurada de preservar seus vergonhosos privilégios e astronômicos lucros de forma sociopata, na linguagem comum, viram o cocho contra a democracia formal oferecida pelo liberalismo político sempre que isto for necessário, para que reconfigurem o capitalismo tupiniquim ("capitalismo senil").

Vários foram os exemplos oferecidos pela história (esta ensina, mas faltam alunos).

 

 

 

Com a mais recente reconfiguração do capitalismo tupiniquim, os do andar de cima (os muito ricos) querem aumentar, o mais rápido possível, suas riquezas (afinal, se debatem contra uma lei inexorável e imanente do sistema explorador: a lei tendencial da queda de lucro), mediante a aplicação de um choque neoliberal1 jamais visto que, entre outras nocividades, impõe a compra e venda de produtos importados (adeus às indústrias!); transformação do território em uma grande plantation (adeus às indústrias!) que se expressa no crescimento relativo do constante em detrimento do variável; parasitismo do orçamento público (através do sistema da dívida pública) e saque do patrimônio público através das privatizações (com o objetivo de abrir novas frentes de acumulação, centralização e concentração de capital).

 

 

 

 

O neoliberalismo por um lado é o estado político do capital minúsculo em detrimento da população e por outro lado é o estado político do capital gigante para a defesa dos interesses econômicos do andar de cima (os muito ricos).

No choque neoliberal em curso, para otimizar os escandalosos lucros dos do andar de cima (os muito ricos), é preciso "passar as 'reformas'".

 

 

Por isso, o neoliberalismo, entre outras infindáveis mazelas já perpetradas contra a maioria, já demoliu a proteção trabalhista e a Previdência pública.

O neoliberalismo agora precisa da [d]eforma/destruição administrativa, ou seja, da demolição do serviço público estatutário (vinculado ao executivo) concedido pela CF de 1988. A ordem dada pelo andar de cima (os muito ricos) é para "passar a 'reforma' administrativa". 

 

 

Esse, em linhas gerais, é o perigosíssimo contexto que pretende prejudicar você, fiscal agropecuário estatutário (ativo ou aposentado)!

Por isso, preste muita atenção na neoliberal [d]eforma/destruição administrativa em curso.

É bom também que você lute contra ela!

  

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1 O tal "ajuste estrutural", ou seja, guerra aberta contra os trabalhadores pela redução dos salários, "reformas" regressivas trabalhista e previdenciária, cortes drásticos nos gastos públicos (eliminação do Estado público), redução e precarização dos serviços públicos estatutários vinculados ao executivo etc.