Afisa-PR

Opinião da Direx: regulamentação de agrotóxicos, EFSA, EPA...

 

Afisa PR 16 JPEG

 

"A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quinta-feira (2) que vai reavaliar o grau de risco à saúde de alguns agrotóxicos e que pode retirar produtos do mercado até 2020. A expectativa é de que quatro compostos passem pelo 'pente-fino' neste primeiro ano" e "Essa metodologia levará em conta o risco de provocar câncer ou mutações genéticas e o uso do produto fora do setor agrícola, por exemplo, e utilizará referências internacionais de entidades como a Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) e a (sic) Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Usepa)".

São estas as informações da notícia Agrotóxicos terão risco reavaliado pela Anvisa e podem ser retirados do mercado do G1 de 2 de maio de 2019.

 

EFSA [European Food Safety Authority] e EPA [United States Environmental Protection Agency]?

Alguns acontecimentos revelaram medidas vinculadas à regulamentação de agrotóxicos adotadas, respectivamente, pela EFSA e pela EPA: UE: Tribunal de Justiça ordenou que EFSA libere "documentos secretos" sobre carcinogenicidade e toxicidade do glifosato e EUA: relatório federal preliminar da ATSDR 'confirma vínculos do glifosato com câncer'

 

 

 

É ainda mais reveladora a notícia Trump EPA insists Monsanto's Roundup is safe, despite cancer cases ["The Environmental Protection Agency (EPA) maintains in a new decision that glyphosate, the active ingredient in Roundup, which is made by Monsanto, does not cause cancer or other health problems if it is used according to instruction labels."1] do The Guardian de 30 de abril de 2019.

 

 

EWG faz severas críticas contra a atual administração da EPA dos EUA 

Segundo a notícia Trump EPA Sides With Bayer/Monsanto Over Science, Claims Cancer-Causing Weedkiller 'Safe' (por Alex Formuzis) do Environmental Working Group (EWG) de 30 de abril de 2019, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA "disse hoje (30 de abril) que o ingrediente ativo do herbicida carcinogênico Roundup da Bayer-Monsanto é seguro, ignorando um crescente corpo de pesquisas independentes que mostram uma forte ligação entre o glifosato e o câncer em seres humanos".

Porém, a constatação da EPA motivou uma forte reação do presidente do EWG: "A decisão de hoje do administrador [Andrew R.] Wheeler, como praticamente todos os que ele e o governo Trump fazem, ignora completamente a ciência em favor de poluidores como a Bayer", disse o presidente do EWG, Ken Cook. "Este movimento da EPA não deve ser uma surpresa. Sob o controle de Trump e Wheeler, a agência é virtualmente incapaz de tomar medidas para proteger as pessoas contra agrotóxicos perigosos como o glifosato".

A noticia do EWG afirma que "Um estudo publicado em janeiro na Environmental Sciences Europe documentou como a EPA ignorou um grande número de estudos independentes, revisados por cientistas, que ligam o glifosato ao câncer em seres humanos. Em vez disso, segundo o relatório, a EPA usou pesquisas pagas pela Monsanto para apoiar a sua posição de que o glifosato não é carcinogênico".

Em 2015, "depois de revisar extensos estudos epidemiológicos americanos, canadenses e suecos sobre os efeitos à saúde humana do glifosato, bem como pesquisas em animais de laboratório, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), um braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), classificou os agrotóxicos à base de glifosato 'como provavelmente carcinogênicos' para os seres humanos".

 

 

Para inglês ver?

Segundo a notícia Anvisa libera agrotóxico que poderia ser cancerígeno da Câmara dos Deputados de 9 de maio de 2019, a utilização do agrotóxico glifosato é questionada e a "Anvisa e agências sanitárias de outros países fizeram uma reavaliação, e a conclusão foi de que o herbicida não é cancerígeno". 

A Anvisa realizou a reavaliação do ingrediente ativo glifosato, conhecido como 'mata-mato', após denúncia de órgão internacional de pesquisa sobre o câncer vinculado à OMS. 

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) "criticou a Anvisa por não ter avaliado o glifosato da maneira como ele é aplicado na agricultura, e afirmou que é uma irresponsabilidade da agência divulgar que a composição não causa câncer" e alerta que "Quando você analisa, isoladamente, os componentes do glifosato, você pode ter uma avaliação. Só que quando você utilizar ele na agricultura, você usa ele numa composição, e aí é esta composição que causa câncer (...) não tem sentido você fazer uma análise de um agrotóxico se não é da fórmula como você vai utilizar esse agrotóxico no uso final. Só tem sentido você analisar ele na sua composição já avaliada para o uso". 

 

Sob a proteção da Casa Branca?

Com base na notícia White House Has "Monsanto's Back on Pesticides," Newly Revealed Document Says (por Carey Gillam) do U. S. Right to Know (US RTK) de 7 de maio de 2019, os registros internos da Monsanto que acabaram de ser arquivados pelo Judiciário norte-americano, revelam que a empresa Hakluyt & Company de inteligência estratégica e consultoria contratada pela Monsanto para "medir a temperatura das atuais medidas regulatórias em relação ao glifosato", afirma que a Casa Branca "poderia ser usada para defender os agrotóxicos".  

 

 

 

Segundo a notícia, em um relatório anexado a um e-mail de julho de 2018 para o  responsável pela estratégia global da Monsanto, a Hakluyt & Company relatou à companhia:

 

"Um consultor de política interna na Casa Branca disse, por exemplo: 'Nós temos a Monsanto de volta à regulamentação de agrotóxicos. Estamos preparados para enfrentar os litígios que possam ter, por exemplo, com a UE. A Monsanto não precisa temer nenhum regulamento adicional desta administração".

 

No e-mail que acompanha o relatório, as informações relacionam-se às questões tanto para os Estados Unidos quanto para a China. O relatório observa que a equipe "profissional" tem um desacordo "agudo" com a equipe "política" em algumas áreas, mas que "não atrapalham" as preocupações sobre alguns desses profissionais. Conforme o relatório:

 

"Ouvimos uma opinião unânime dos altos níveis da EPA (e do USDA) de que o glifosato não é visto como carcinogênico, e que é muito improvável que isso mude sob esse governo — seja qual for o nível de desconexão entre funcionários políticos e profissionais".

 

O relatório afirma que um ex-advogado da Agência de Proteção Ambiental [U.S. Environmental Protection Agency (EPA)] e um funcionário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos [U. S. Department of Agriculture (USDA)], confirmaram que tanto a EPA como o USDA enxergam a classificação dos agrotóxicos à base de glifosato como "prováveis carcinogênicos" para humanos da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer [International Agency for Research on Cancer (IARC)], como "falha e incompleta".

O relatório cita que "há pouca dúvida de que a EPA apóia o uso do glifosato". O relatório descreve também a opinião de um atual advogado da EPA:

 

"Fizemos uma determinação em relação ao glifosato e nos sentimos muito confiantes [com relação] nos fatos em torno dele. Outros organismos internacionais... chegaram a conclusões diferentes, mas, em nossa opinião, seus dados não são claros e a suas conclusões estão erradas".

 

Caso glifosato: ação para "ocultar" notícias negativas, "minar o trabalho" dos críticos etc.

Segundo a notícia Monsanto pagou o Google para 'esconder' notícias negativas, diz jornal (por Redação Hypeness) da Hypeness de 9 de agosto de 2019, "a Gigante dos agrotóxicos e acusada de contribuir para o aumento de casos de câncer, a Monsanto pagou o Google para omitir notícias negativas a seu respeito. Segundo o  The Guardian, a companhia mirou jornalistas, ativistas e até o cantor Neil Young".

Carey Gillam, repórter da Reuters, "entrou no radar dos executivos do alto escalão depois de matéria investigativa e um livro sobre os impactos na saúde dos produtos vendidos pela Monsanto. Gillam é autora de 'Whitewash: The Story of a Weed Killer, Cancer, and the Corruption of Science'lançado em 2017". 

Ainda, de acordo com a Hypeness, "Diante da crise de imagem, a Monsanto fez o que estava ao alcance para minar o trabalho da jornalista, incluindo um acordo financeiro com o maior buscador do mundo, o Google". 

"A companhia controlada pela alemã Bayer adotou métodos de inteligência utilizados pelo FBI contra o terrorismo. O 'centro de fusão' monitorou organizações alimentícias sem fins lucrativos e os diretores da Reuters."

Feita com base em documentos internos, a notícia Revealed: how Monsanto's 'intelligence center' targeted journalists and activists (por Sam Levin) do The Guardian de 8 de agosto de 2019, revela que a Monsanto "operou um 'centro de combinação de inteligência' para monitorar e desacreditar jornalistas e ativistas" e "teve como alvo" a repórter Carey Gillam que escreveu um crítico livro.

Os documentos internos revisados ​​pelo The Guardian revelam que a Monsanto "adotou uma estratégia multifacetada para atacar" Carey Gillam, uma jornalista da Reuters que investiga as ligações do agrotóxico glifosato com o câncer em pessoas. A Monsanto, agora pertencente à multinacional  farmacêutica Bayer, segundo o The Guardian, "também monitorou uma organização de pesquisa de alimentos sem fins lucrativos" através desse seu "centro de combinação de inteligência", um termo que o FBI dos EUA e outras agências de segurança usam para operações específicas em vigilância e terrorismo.

Os documentos revisados pelo The Guardian, principalmente os emitidos entre os anos de 2015 a 2017, foram divulgados como parte de uma batalha judicial em curso nos EUA que discute os riscos à saúde do agrotóxico Roundup. Esses documentos, segundo o The Guardian, relevam:

 

a) A Monsanto "planejou uma série de ações" para atacar um crítico livro de Gillam antes mesmo do seu lançamento; essas ações incluíam escritos de "pontos de discussão" para que "terceiros" pudessem criticá-lo e orientar "clientes da indústria de agrotóxicos e agricultores" sobre como publicar essas críticas negativas;

b) A Monsanto "pagou ao Google" para que este promovesse "'os resultados da pesquisa 'Monsanto Glifosato Carey Gillam'", com críticas contra o seu trabalho. Internamente, a equipe de relações públicas da Monsanto também discutiu como exercer "pressão sobre" a Reuters; os documentos internos relevam a discussão sobre como se poderia pressionar "com muita força" os editores de Gillam e esperava-se pela "sua transferência";

c) Os integrantes desse "centro de combinação de inteligência" da Monsanto "escreveram um longo relatório sobre o ativismo anti-Monsanto feito pelo cantor Neil Young, monitorando seu impacto nas mídias sociais", e "em um ponto a considerar" até mesmo "uma ação legal". Também foi monitorado a organização sem fins lucrativos US Right to Know (USRTK) com a "elaboração de relatórios semanais sobre as atividades on-line" dessa organização, e

d) Os empregados da Monsanto "repetidamente estavam preocupados com a divulgação de documentos" que envolviam seus vínculos financeiros com os cientistas que poderiam apoiá-los favoravelmente para "encobrir pesquisas" que não "faziam jus" à realidade.

 

_____________

1 "Em uma nova decisão a Agência de Proteção Ambiental (EPA) mantém que o glifosato, o ingrediente ativo do Roundup, que é fabricado pela Monsanto, não causa câncer ou outros problemas de saúde se for usado de acordo com as instruções do seu rótulo" (tradução livre).

 

Modificado em 23-1-2021 em 00:03

 

Matérias vinculadas:

16-9-2019 - Câmara dos Deputados & Regras sobre liberação de agrotóxicos geram polêmica em debate na Câmara [Ministério da Agricultura defendeu facilidade no registro, enquanto ambientalistas pediram criação de uma política nacional de redução dos agrotóxicos] ​

10-9-2019 - DW Documental & La fusión y sus consecuencias [Un año después de adquirir Monsanto, Bayer se ve afectado por la imagen negativa de esta. La empresa de Leverkusen también es responsable de los problemas jurídicos del pasado y de los miles de demandas pendientes del gigante estadounidense. Desde hace mucho tiempo, el Roundup, un herbicida que contiene glifosato y que Monsanto vende en todo el mundo, es sospechoso de causar cáncer. Un tribunal de California acaba de conceder más de dos mil millones de dólares por daños y perjuicios a una pareja. El año pasado, el precio de las acciones de Bayer se redujo a la mitad y las consecuencias se dejan sentir en la misma empresa: en los próximos años se suprimirán unos 12.000 puestos de trabajo en todo el mundo, una gran parte de ellos en Alemania. El Consejo de Administración del promotor de la fusión, el director general Werner Baumann, se encuentra cada vez más presionado. Recientemente, los accionistas incluso se negaron a aprobar las acciones del consejo directivo. Bayer está en medio de su mayor crisis.El reportaje traza los efectos de la fusión y sigue nuevas huellas de los posibles riesgos para la salud del glifosato. ¿Cómo intentó Monsanto influir en los políticos, los científicos y la opinión pública en el pasado? ¿Los estadounidenses negaron y minimizaron amenazas conocidas internamente? ¿Y Bayer se distancia realmente de estas prácticas?]

10-9-2019 - The Intercept Brasil & Monsanto orquestrou o esforço do Partido Repúblicano para intimidar pesquisadores [Em 2015, um dos grupos de pesquisa sobre câncer da OMS, a IARC, classificou o glifosato, um ingrediente ativo do herbicida Roundup, como um “provável carcinógeno”, desencadeando um debate global sobre o herbicida mais popular do mundo.Nos últimos quatro anos, os congressistas republicanos criticaram e pressionaram para retirar os fundos da IARC, lançando sua defesa sobre o produto químico em uma missão em nome de pequenos fazendeiros norte-americanos. O deputado republicano Frank Lucas, de Oklahoma, escreveu que sua indignação com a pesquisa sobre o câncer é em nome dos “agricultores e fabricantes de alimentos que dependem de métodos agrícolas tradicionais para produzir a comida que abastece a América – e o mundo”. Mas, de acordo com um conjunto recente de documentos, o ataque político à IARC foi roteirizado em parte pela Monsanto, o conglomerado químico e de sementes de St. Louis que produz o Roundup e cultivos resistentes a ele (...)"]

10-8-2019 – Hypeness & Monsanto pagou o Google para 'esconder' notícias negativas, diz jornal [Gigante dos agrotóxicos e acusada de contribuir para o aumento de casos de câncer, a Monsanto pagou o Google para omitir notícias negativas a seu respeito. Segundo o  The Guardian, a companhia mirou jornalistas, ativistas e até o cantor Neil Young]

9-8-2019 - The Guardian & I'm a journalist. Monsanto built a step-by-step strategy to destroy my reputation [Company records show an action plan that includes promoting certain search results and targeting book reviews. As a journalist who has covered corporate America for more than 30 years, very little shocks me about the propaganda tactics companies often deploy. I know the pressure companies can and do bring to bear when trying to effect positive coverage and limit reporting they deem negative about their business practices and products. But when I recently received close to 50 pages of internal Monsanto communications about the company’s plans to target me and my reputation, I was shocked. (...)]

9-8-2019 - UOL & EUA não aprovará rótulos que digam que o glifosato causa câncer

8-8-2019 - The Guardian & Revealed: how Monsanto's 'intelligence center' targeted journalists and activists [Internal documents show how the company worked to discredit critics and investigated singer Neil Young. Monsanto operated a “fusion center” to monitor and discredit journalists and activists, and targeted a reporter who wrote a critical book on the company, documents reveal. The agrochemical corporation also investigated the singer Neil Young and wrote an internal memo on his social media activity and music. The records reviewed by the Guardian show Monsanto adopted a multi-pronged strategy to target Carey Gillam, a Reuters journalist who investigated the company’s weedkiller and its links to cancer. Monsanto, now owned by the German pharmaceutical corporation Bayer, also monitored a not-for-profit food research organization through its “intelligence fusion center”, a term that the FBI and other law enforcement agencies use for operations focused on surveillance and terrorism. The documents, mostly from 2015 to 2017, were disclosed as part of an ongoing court battle on the health hazards of the company’s Roundup weedkiller. They show: (...)]

13-7-2019 - G1 & Cereais matinais vendidos nos EUA têm níveis de glifosato acima do permitido, diz ONG [De acordo com a ONG Environmental Work Group, os alimentos comercializados por 20 marcas apresentaram níveis 5 vezes acima do considerado seguro]

22-5-2019 - El País & O câncer que espreita a Monsanto [Com 13.400 processos, a batalha judicial em torno do glifosato está apenas começando nos EUA. O pesticida foi declarado "provavelmente cancerígeno" pela OMS (...) "A decisão da IARC mudou tudo", reconhece Weisner. Essa decisão é hoje o principal fator de dúvida na consideração internacional do glifosato. Foi por causa dela que escritórios como este de Los Angeles (Baum Hedlum Aristei Goldman, BHAG) viram chances para esses processos, que as pessoas se animaram a denunciar, e que três júris diferentes — até agora — tiveram suficientes dúvidas sobre a relação entre o glifosato e o câncer a ponto de condenar a Monsanto por não advertir sobre o fato nas embalagens, entendo que a multinacional agiu de forma maliciosa. (...)"]

16-5-2019 - Democracy Now! & As EPA Insists Weed Killer Roundup is Safe, a Jury Orders Monsanto to Pay $2B to Couple With Cancer

14-5-2019 - RFI & Monsanto é condenada pela 3ª vez a pagar indenização bilionária por agrotóxico Roundup [Um júri dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira (13) a Monsanto, propriedade do grupo alemão Bayer, a pagar US$ 2 bilhões a um casal de americanos com câncer atribuído ao polêmico agrotóxico Roundup, que contém glifosato. Este é o terceiro processo consecutivo que a empresa perde na justiça americana]

13-5-2019 - The Guardian & Monsanto must pay couple $2bn in largest verdict yet over cancer claims [California jury holds makers of Roundup weedkiller responsible for couple contracting non-Hodgkin's lymphoma]

13-5-2019 - U. S. Right to Know (US RTK) & Monsanto Ordered to Pay $2 Billion to Cancer Victims [After less than two full days of deliberations, a California jury ordered Monsanto to pay just over $2 billion in punitive and compensatory damages to a married couple who both developed non-Hodgkin lymphoma they say was caused by their many years of using Roundup products. After listening to 17 days of trial testimony, jurors said Monsanto must pay $1 billion to Alberta Pilliod, who was diagnosed with non-Hodgkin lymphoma brain cancer  in 2015, and another $1 billion to her husband Alva Pilliod, who was diagnosed in 2011 with non-Hodgkin lymphoma that spread from his bones to his pelvis and spine. The couple, who are both in their 70s,  started using Roundup in the 1970s and continued using the herbicide until only a few years ago. The jury also awarded the couple a total of $55 million in damages for past and future medical bills and other losses. In ordering punitive damages, the jury had to find that Monsanto "engaged in conduct with malice, oppression or fraud committed by one or more officers, directors or managing agents of Monsanto"  who were acting on behalf of the company]

9-5-2019 - Câmara dos Deputados & Anvisa libera agrotóxico que poderia ser cancerígeno [A agência fez a reavaliação do glifosato, conhecido como "mata-mato", após denúncia de órgão internacional para pesquisa sobre o câncer]

7-5-2019 - U. S. Right to Know & White House Has "Monsanto's Back on Pesticides," Newly Revealed Document Says [Internal Monsanto records just filed in court show that a corporate intelligence group hired to "to take the temperature on current regulatory attitudes for glyphosate" reported that the White House could be counted on to defend the company's Roundup herbicides. In a report attached to a July 2018 email to Monsanto global strategy official Todd Rands, the strategic intelligence and advisory firm Hakluyt reported to Monsanto the following: "A domestic policy adviser at the White House said, for instance: 'We have Monsanto's back on pesticides regulation. We are prepared to go toe-to-toe on any disputes they may have with, for example, the EU. Monsanto need not fear any additional regulation from this administration."]

2-5-2019 - EcoWatch & Glyphosate Spin Check: Tracking Claims About the Most Widely Used Herbicide [Amid global debate over the safety of glyphosate-based herbicides such as Monsanto's Roundup, numerous claims have been made to defend the product's safety. In the wake of two recent landmark jury rulings that found Roundup to be a substantial factor in causing non-Hodgkin lymphoma, we examined some of these claims and fact-checked them for accuracy]

2-5-2019 - G1 & Agrotóxicos terão risco reavaliado pela Anvisa e podem ser retirados do mercado [Expectativa é de rever a toxicidade de 4 produtos até 2020. Possibilidade de provocar câncer e mutações genéticas será avaliada. Lista de compostos que serão analisados ainda será divulgada]

30-4-2019 - The Guardian & Trump EPA insists Monsanto's Roundup is safe, despite cancer cases [Administration to keep weedkiller on the market after landmark court rulings and concerns over food]

30-4-2019 - Environmental Working Group (EWG) & Trump EPA Sides With Bayer/Monsanto Over Science, Claims Cancer-Causing Weedkiller 'Safe' [The Environmental Protection Agency said today the active ingredient in Bayer-Monsanto's carcinogenic weedkiller Roundup is safe, ignoring a growing body of independent research showing a strong connection between glyphosate and cancer in humans. "Today's decision by Administrator Wheeler, like virtually every one he and the Trump administration make, completely ignores science in favor of polluters like Bayer," said EWG President Ken Cook. "This move by EPA should not come as a surprise. Under the control of Trump and Wheeler, the agency is virtually incapable of taking steps to protect people from dangerous chemicals like glyphosate." A report published in January in the Environmental Sciences Europe documented how the EPA ignored a large number of independent, peer-reviewed studies that link glyphosate to cancer in humans. Instead, the report found, the EPA used research paid for by Monsanto to support the agency’s position that glyphosate is not carcinogenic. In 2015, after reviewing extensive U.S., Canadian and Swedish epidemiological studies on glyphosate’s human health effects, as well as research on laboratory animals, the International Agency for Research on Cancer, an arm of the World Health Organization, classified the chemical as "probably carcinogenic to humans"]

11-4-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropeucária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & EUA: relatório federal preliminar da ATSDR 'confirma vínculos do glifosato com câncer' [O relatório federal preliminar Toxicological Profile for Glyphosate & Draft for Public Comment da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR) [Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças] sobre o perfil toxicológico do agrotóxico glifosato, "confirma seu vínculo com o câncer". Nos EUA, o relatório da ATSDR está sob consulta pública]

7-3-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & UE: Tribunal de Justiça ordenou que EFSA libere "documentos secretos" sobre carcinogenicidade e toxicidade do glifosato [O que revelarão os "documentos secretos" vinculados à carcinogenicidade e toxicidade do glifosato liberados ao público pelo Tribunal de Justiça da União Europeia? EU: Court of Justice has ordered EFSA to release "secret documents" about carcinogenicity and toxicity of glyphosate & What will reveal the "secret documents" linked to the carcinogenicity and toxicity of glyphosate released to the public by the Court of Justice of the European Union?]

9-11-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & O relatório da ONU contra os agrotóxicos não pode ser esquecido ["Usar mais agrotóxicos não tem nada a ver com a eliminação da fome. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somos capazes de alimentar 9 bilhões de pessoas hoje. A produção está definitivamente aumentando, mas o problema é a pobreza, a desigualdade e a distribuição [de alimentos]". — Hilal Elver, relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação & The UN report against pesticides can't be forgotten & "Using more pesticides has nothing to do with the elimination of hunger. According to the United Nations Food and Agriculture Organization (FAO), we're able to feed 9 billion people today. The production is definitely increasing, but the problem is poverty, inequality and distribution [of food]". — Hilal Elver, UN Special rapporteur on the right to food]