Afisa-PR
Opinião da Direx: o passado, o presente e os representantes
É preciso acordar para a difícil realidade!
O comando do capital sobre o trabalho é imposto pelas personificações do capital. Isso é característica de todas (!) as sociedades hierarquicamente estruturadas em classes (ou em castas?).
No passado, certos representantes — até mesmo um que hoje pode se beneficiar com a condição sanitária de área livre de febre aftosa sem vacinação — protocolaram uma carta no legislativo "defendendo" que a lei de diretrizes orçamentárias1 de 2017 não autorizasse reajuste salarial (data-base), ou seja, atuaram em detrimento da tabela de subsídios da carreira própria (CFDA/QPA) do fiscal agropecuário do estado.
Entidades empresariais pedem que deputados barrem aumento a servidores https://t.co/I206Bdtdkk pic.twitter.com/LdKqvkkiZT
— Gazeta do Povo (@gazetadopovo) July 12, 2016
No presente, um segmento desses representantes — em defesa dos seus interesses ("com o objetivo de atrelar a diminuição do custo do estado a diminuição de impostos") — se manifesta a favor da neoliberal e destrutiva [d]eforma administrativa (PEC 32/2020) que, caso aprovada, será altamente prejudicial aos justos e legítimos interesses do fiscal agropecuário do estado.
ACP defende reforma tributária em conjunto com a administrativa - https://t.co/HDMKgfntSF
— ACP (@ACPDigital) July 22, 2021
É preciso acordar para a difícil realidade!
O fiscal agropecuário do estado — assalariado do serviço público estadual, portanto, do lado do trabalho — que insistir em permanecer no campo da grande ilusão coletiva, onde a única preocupação parece ser com a "defesa" dos milionários negócios do agro$1 e não com a sua carreira própria (que vai muito mal, estagnada desde 2012 e alvo de um brutal arrocho salarial de menos 25,44%, uma situação ruim com viés de piora), lamentavelmente, continuará a realizar o absurdo papel voluntarista de mero tarefeiro, acrítico e não reflexivo.
Fiscal agropecuário estadual é "premiado" pelo governo do Paraná.
— Afisa-PR (@AFISAPR) July 7, 2021
A "premiação" pela recente conquista da área livre de febre aftosa sem vacinação se traduz pela manutenção do "congelamento" dos subsídios em prejuízo da carreira própria da categoria.
Em https://t.co/TKAJZrwlbK
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1 No âmbito da lei de diretrizes orçamentárias para 2022, segundo denúncia do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), o governo em turno deixará de arrecadar a astronômica soma de R$ 17 bilhões em detrimento do orçamento público do Paraná que ficará nos bolsos "de grandes empresários e de setores do agronegócio".
Modificado em 25-7-2021 em 21:06
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