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Argentina: as consequências mortais de uma agricultura baseada em OGMs e agrotóxicos
A Argentina é um dos principais produtores mundiais de trigo, milho e soja e cerca de 95% das suas colheitas agrícolas são quimicamente induzidas. Porém os moradores locais dizem que por trás desse crescimento há uma história de doenças e mortes
Argentina: The deadly consequences of an agriculture based on Ogms and agrochemicals & Argentina is one of the world's leading producers of wheat, maize and soybeans and about 95% of its agricultural crops are chemically induced. But local residents say that behind this growth there is a history of diseases and deaths
Segundo a notícia The deadly consequences of agrochemical farming in Argentina (por Ignacio Conese) do TRT World de 26 de dezembro de 2018, a Argentina é um dos principais produtores mundiais de trigo, milho e soja e cerca de 95% das suas colheitas agrícolas são quimicamente induzidas. Porém os moradores locais dizem que por trás desse crescimento há uma história de doença e morte.
The deadly consequences of agrochemical farming in Argentina https://t.co/FOucc7x0tS The #GMO ag model was adopted unquestioningly. 20 years later rural Argentinians are living with the environmental and health consequences pic.twitter.com/wSHWiOQdtA
— GMWatch (@GMWatch) December 26, 2018
Alfredo Ceran, 63 anos, trabalhou por nove anos como aplicador de agrotóxicos em plantações de soja no município de Monte Maíz, na Província de Córdoba. Suas unhas estão queimadas. Seus exames de sangue mostraram resíduos dos agrotóxicos glifosato, clorpirifós, azatrina, 2,4-D e cipermetrina. Entre outras cirurgias, ele teve um transplante de fígado em decorrência de câncer. Ceran também sofre de cirrose não alcoólica.
"Na década em que passei trabalhando, nunca recebi proteção útil ou decente de qualquer tipo, apenas luvas que eu costumava comprar para mim", disse Ceran. "Para economizar dinheiro e tempo, na mesma rodada de aplicação, nós misturávamos até sete agrotóxicos disponíveis no mercado", quando a norma estabelece que você nunca deve misturar mais de três de uma só vez. Usávamos todos os tipos de agrotóxicos misturados, alguns completamente ilegais por causa de seus perigos, mas eficazes, e no final é tudo o que importa para os patrões, se os insetos ou as ervas daninhas vão ou não embora". "Sentia-me mal toda vez que fazia isso, podia dizer que não era bom para mim, até meu chefe e os médicos disseram que minhas doenças não estavam relacionadas ao trabalho que eu fazia. Isso estava me matando e ainda fazia porque o pagamento era decente o suficiente, mas agora tira a minha vida". Segundo a notícia, Ceran acredita que todo o sistema é fraudado em favor de empresas agroquímicas. Ele acha que os médicos mentiram sobre a causa das doenças que desenvolveu e no fundo sente que é a agricultura intensiva que lhe deu todas elas.
Na década de 1990, surgiu a grande revolução na agropecuária da Argentina, quando a companhia Monsanto, hoje Bayer-Monsanto, inventou o sistema Roundup Ready Plus onde a soja era geneticamente modificadas para que não morresse quando pulverizada com o agrotóxico Roundup (o nome comercial do ingrediente ativo glifosato), que décadas antes a Monsanto inventou e introduziu no mercado. Essa combinação permitiu que os fazendeiros eliminarem as ervas daninhas sem que a soja transgênica fosse prejudicada, uma grande mudança na forma como a agricultura era feita até então. O sistema Roundup Ready Plus introduziu a possibilidade do plantio direto. A aragem do solo deixou de ser necessária. Tudo começou a ser feito quimicamente. A agricultura sem aragem reduzia a perda de solo. Foi assim que o sistema Roundup Ready Plus foi vendido.
Na Argentina, o modelo agrícola baseado no plantio de organismos geneticamente modificados (OGMs) e o uso intenso de agrotóxicos foi adotado em 1996 sem que ninguém o questionasse. No início dos anos 2000, esse modelo mostrou resultados convincentes, alterando a paisagem argentina. A fronteira agrícola expandiu-se em 10% ao ano. Embora o país, no início dos anos 2000, tivesse as maiores taxas de desmatamento do mundo, a soja deixou de ser uma cultura secundária sem grande importância, representando a maior oportunidade de negócios que o país teve no último século. O complexo agrícola completo, incluindo instituições científicas e universidades, mudou o foco para o modelo de agricultura baseado em OGMs e agrotóxicos. Segundo a notícia, "milhões de dólares dos principais participantes desse jogo surgiram", financiando faculdades de agronomia e instituições agrícolas públicas em todo o país.
Cerca de vinte anos depois, a Argentina rural de hoje vive as consequências de um modelo de agricultura que foi projetado para maximizar os lucros, ignorando os aspectos da saúde pública e sustentabilidade.
Pelo menos 28 milhões de hectares de culturas transgênicas são cultivadas na Argentina todos os anos. Mais de 300 milhões de litros de agrotóxicos nelas são pulverizados. E é um número que está aumentando, chegando a 10% ao ano. Isso dá em média 3,5 litros por habitante. Nos Estados Unidos, outro país agrícola onde transgênicos e agrotóxicos também são a norma, a média por pessoa é de 0,4 litros. Segundo a notícia, a "Argentina desenvolveu um hábito compulsivo para essa agricultura, e a Bayer-Monsanto, a Basf, a Dow, a Dupont e a Syngenta são as fixadoras". Essas empresas sozinhas controlam mais de 80% do mercado. "Os lucros vão para o exterior. As consequências ficam".
Em 2015, as autoridades de Monte Maíz queriam saber o que estava acontecendo neste município e pediram ajuda à Universidade Nacional de Córdoba. Uma equipe de médicos e especialistas foi até Monte Maíz e instalou um campo sanitário para estudar sua população. Entre outras descobertas, os especialistas descobriram que os agrotóxicos podiam ser encontrados no solo, no ar, na água e em milhares de amostras de sangue colhidas nos moradores locais em diferentes partes de Monte Maíz.
Porém o mais alarmante foi a quantidade dos habitantes de Monte Maíz com doenças de pele e pulmão, abortos, hipotireoidismo, cirrose não alcoólica e, especialmente, câncer de mama, câncer de cólon e leucemia. Na Argentina, segundo a Secretaria de Governo de Saúde, as taxas de mortalidade por câncer1 estão próximas de 12%, o que significa que, de cem mortes, doze pessoas morrem de câncer em qualquer cidade argentina. Em Monte Maíz, no entanto, a taxa de câncer acabou sendo de 55%, um número alarmante de acordo com os especialistas que a visitaram em 2015. Das 117 mortes que a cidade teve em 2014, 66 estavam relacionadas ao câncer.
Como a pesquisa realizada em Monte Maíz se tornou pública, a cidade declarou emergência sanitária. Segundo a notícia, "as autoridades nacionais negaram seus resultados, se recusaram a considerar que os agrotóxicos eram perigosos e rejeitaram o relatório por considera-lo 'tendencioso' e não científico".
O que mudou no município de Monte Maíz foi a introdução de algumas regulamentações na atividade de agrotóxicos, como a proibição de depósitos dentro da cidade ou a circulação das máquinas usadas nas pulverizações.
Em Canals, um outro município a cerca de 60 quilômetros de distância de Monte Maíz, não foi o que aconteceu pelo menos até dois anos atrás, quando seus moradores "começaram a conectar os pontos" sobre por que tantos vizinhos estavam adoecendo e morrendo. Nancy Reinaldi, 51, René Battaglino, 62, e Maria Angélica Raiteri, 40, estão entre as dezenas de pessoas de Canals que defendem seus direitos à saúde. Uma das primeiras coisas que pediram para as autoridades locais foi a criação de um campo sanitário como o que foi estabelecido em Monte Maíz. Porém em troca "eles enfrentaram repreensão": o prefeito é produtor e usa agrotóxicos. Em vez de não fazer nada, em um ano eles entrevistaram os familiares das pessoas que morreram em Canals, perguntando-lhes o que matou seus entes queridos. Esses moradores encontraram os mesmos resultados de Monte Maíz, ou seja, em Canals 55% das pessoas morreram de câncer.
O glifosato e o restante dos agrotóxicos usados nas lavouras argentinas, segundo a notícia, são considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)" e a International Agency for Research on Cancer (IARC) como carcinogênicos2. Mas isso não significa muito para o governo argentino, que ainda segue as razões e as justificativas apresentadas pela indústria de agrotóxicos. A resposta mais comum apresentada pelo complexo agroquímico é que o glifosato é inócuo para os seres humanos e para o meio ambiente. Se as autoridades aceitarem que os agrotóxicos são de fato prejudiciais, o governo argentino terá que declarar uma emergência nacional de saúde e apresentar um plano concreto para reverter o problema.
"Não esperamos mudar o negócio agrícola, sabemos que não temos esse poder. Nós só queremos que nossas vidas sejam respeitadas, para viver em um ambiente seguro", diz Nancy, que convive com um depósito de agrotóxicos e maquinários de pulverização apenas a uma parede de sua casa.
Ninguém no poder na Argentina escuta essas pessoas.
Agrotóxico à base de glifosato: uma provável causa de linfoma não-Hodgkin
Nos EUA, "o linfoma não-Hodgkin (LNH) é um dos cânceres mais comuns nos Estados Unidos, sendo responsável por cerca de 4% de todos os cânceres".
E no Brasil, como andam as estatísticas sobre a evolução da quantidade de linfoma não-Hodgkin? Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, "Por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos".
Como será que o agrotóxico à base de glifosato se insere nessas "razões ainda desconhecidas"? A Superior Court of the State of California for the Country of San Francisco, no caso CGC-16-550128, obviamente, tem as evidências mais do suficientes.
Segundo o alerta Roundup Cancer - Non-Hodgkin Lymphoma do escritório de advocacia norte-americano Baum Hedlund aristei Goldman PC, o agrotóxico à base de glifosato, o ingrediente ativo de vários herbicidas comerciais e várias empresas, foi listado como um provável indutor do câncer chamado linfoma não-Hodgkin pela International Agency for Research on Cancer (IARC), que é o braço de pesquisa sobre o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A classificação da IARC de 2015 para o agrotóxico glifosato teve como base científica a revisão de vários estudos sobre o seu efeito trabalhadores agrícolas e florestais desde 2001.
Segundo o alerta, "As evidências mostram que as pessoas que foram expostas ao glifosato tiveram maior incidência relatada de linfoma não-Hodgkin do que aquelas que não foram expostas ao herbicida". O relatório da IARC aponta ainda que o glifosato é atualmente usado em 750 produtos comerciais em todo o mundo, e o uso do herbicida "aumentou acentuadamente com o desenvolvimento de variedades de culturas resistentes ao glifosato geneticamente modificadas".
Modificado em 31-12-2018 em 11:44
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1 Segundo informações do Instituto Nacional del Cáncer (INC) da Argentina, em 2016, a mortalidade por câncer na Argentina foi de 120,1 e 87,9 mortes por 100.000 homens e mulheres, respectivamente (taxas padronizadas pela população mundial padrão). Neste ano ocorreram 352.992 óbitos por doenças sendo 65.718 deles decorrentes de câncer (18,6%).
2 Em Some Organophosphate Insecticides and Herbicides, Volume 112 e Q&A on Gliphosate
Matérias vinculadas:
Baum Hedlund Aristei Goldman PC & Roundup Cancer – Non-Hodgkin Lymphoma [Glyphosate, the active ingredient in the Monsanto Roundup weed killer and other companies’ products, has been listed as a probable cause of non-Hodgkin lymphoma by the International Agency for Research on Cancer (IARC), which is the World Health Organization's cancer research arm. The 2015 IARC glyphosate classification was based on a review of multiple studies on the effects of glyphosate to agricultural and forestry workers since 2001. The evidence shows that people who were exposed to glyphosate experienced higher reported incidences of non-Hodgkin lymphoma than those who weren't exposed to the herbicide. The IARC report further points out that glyphosate is currently used in 750 products around the world, and use of the herbicide has "increased sharply with the development of genetically modified glyphosate-resistant crop varieties."]
26-12-2018 - TRTWorld & The deadly consequences of agrochemical farming in Argentina [About 95 percent of crops are chemically-induced in Argentina, making it one of the world's leading cereal, corn, and soybean producers. But locals say underneath this growth is a story of death and disease]
The deadly consequences of agrochemical farming in Argentina @TRTWorld https://t.co/DVX9u6L6Tx
— AFISA-PR (@AFISAPR) 29 de dezembro de 2018
21-12-2018 - Brasil de Fato & Governo do Paraná revoga norma de distâncias mínimas para aplicação de agrotóxicos [Governadora toma medida poucos dias antes de deixar o cargo, sem nenhuma discussão. A menos de 20 dias do fim do seu mandato, a governadora Cida Borghetti (PP) revogou a Resolução 22, de 1985, que regulava a poluição do meio ambiente por uso de agrotóxicos e biocidas. Com a justificativa de que a normativa estaria desatualizada, o poder público estadual instituiu uma nova resolução, deixando de fora a regulação de margem segurança para aplicação de agrotóxico. "Essa [nova] resolução implica um caminho aberto para aumentar ainda mais a degradação ambiental, e a intoxicação das pessoas por agrotóxicos em todo o estado", alerta o promotor de Justiça Alexandre Gaio, que atua no Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná]
— AFISA-PR (@AFISAPR) 5 de janeiro de 2019
21-12-2018- Gazeta do Povo & Governo afrouxa regras para aplicação de agrotóxicos e MP reage [(...) Segundo o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo, responsável pela ação, as previsões de distâncias mínimas para aplicação terrestre de agrotóxicos, contidas na Resolução 22/85, não encontram paralelo em nenhum ato normativo em vigor no Paraná. Com isso sua revogação criou um vazio de regulamentação do assunto, gerando possibilidades de danos graves à saúde e ao meio ambiente no entorno das áreas em que são aplicados agrotóxicos. De acordo com o MP, a revogação representa um retrocesso na proteção contra os impactos nocivos de agrotóxicos, uma vez que o Paraná figurava entre os estados que contavam com essa garantia normativa, como Goiás e Mato Grosso do Sul (...)]
20-12-2018 - Por trás do alimento & Paraná revoga norma que criava margem de segurança para aplicação de agrotóxicos [Na prática, medida autoriza pulverização de veneno ao lado de casas, escolas, rios e mananciais; acidente que vitimou em novembro quase cem pessoas, entre elas mais de 50 crianças, não teria nenhuma consequência pela nova regra]
20-12-2018 - Repórter Brasil & Paraná revoga norma que criava margem de segurança para aplicação de agrotóxicos [A menos de 20 dias do fim do mandato da governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), uma resolução assinada por três secretários e os presidentes de duas autarquias estaduais revogou uma norma em vigor desde 1985 que estabelecia que agrotóxicos não podem ser aplicados a uma distância inferior a 50 metros de casas, escolas, unidades de saúde, rios, mananciais de água e outras culturas que podem ser danificadas pelo veneno. (...) "É uma aberração", disse à Pública o promotor Alexandre Gaio, coordenador regional do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do Ministério Público (MP), que recorreu à Justiça dois dias depois de ter sido publicada a nova resolução. (...) A reportagem perguntou à Faep – presidida desde 1991 por Ágide Meneguete, um dos mais longevos dirigentes sindicais do país – quais estudos científicos embasaram sua análise pela extinção da Resolução 22/1985. Não houve resposta]
20-12-2018 - Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) & MPPR ajuíza ação para manter regras restritivas à aplicação de agrotóxicos [O núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba, ajuizou ação civil pública requerendo que seja mantida em vigor resolução que restringia a aplicação de agrotóxicos no Paraná. O objetivo é o retorno da vigência da Resolução 22/1985, da extinta Secretaria de Interior do Paraná, que foi revogada por atuação conjunta da Casa Civil do Estado, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento]
6-12-2018 - The Guardian & The weedkiller in our food is killing us [Growing research show that glyphosate, one of the most widely used herbicides in the US, causes cancer]
9-11-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & O relatório da ONU contra os agrotóxicos não pode ser esquecido ["Usar mais agrotóxicos não tem nada a ver com a eliminação da fome. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somos capazes de alimentar 9 bilhões de pessoas hoje. A produção está definitivamente aumentando, mas o problema é a pobreza, a desigualdade e a distribuição [de alimentos]". — Hilal Elver, relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação & The UN report against pesticides can't be forgotten & "Using more pesticides has nothing to do with the elimination of hunger. According to the United Nations Food and Agriculture Organization (FAO), we're able to feed 9 billion people today. The production is definitely increasing, but the problem is poverty, inequality and distribution [of food]". — Hilal Elver, UN Special rapporteur on the right to food]
26-9-2018 - The Guardian & The man who beat Monsanto: 'They have to pay for not being honest' [A jury ruled the agrochemical company caused Dewayne Johnson’s cancer. He tells the Guardian he wants to use the victory to make a difference while he still can]
16-9-2018 - Sustainable Pulse & Glyphosate Industry Fails to Stop US Funding for Global Cancer Agency [In a massive victory for independent science, it was announced Sunday that the U.S. Senate and Congress appropriations committees have deleted text from a controversial Bill, which would have cut all the U.S. funding to the International Agency for Research on Cancer (IARC), after they challenged the chemical industry by classifying the world’s most used herbicide, glyphosate, as a probable human carcinogen in 2015]
19-8-2018 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: agrotóxico glifosato e o alegado "risco zero para a saúde" [Diretor da Sociedade Rural Brasileira afirma em notícia que o "glifosato tem risco zero para a saúde" das pessoas e que o Ministério Público Federal quer "transformar 'disparates' em 'verdades absolutas'"; porém, a realidade toxicológica da formulação comercial do agrotóxico à base de glifosato é outra & Opinion by Direx: agrotoxic glyphosate and the alleged "zero risk to health" & Director of the Brazilian Rural Society says in the news that "glyphosate has zero risk to people's health" and that the Federal Public Ministry wants to "in 'absolute truths' "But the toxicological reality of the commercial formulation of glyphosate-based pesticide is another]
11-8-2018 - The Guardian & Monsanto ordered to pay $289m as jury rules weedkiller caused man's cancer [Court finds in favor of DeWayne Johnson, ill man who was first to take Roundup maker to trial over allegations]
11-8-2018 - Reuters & Monsanto é condenada a pagar US$ 289 mi em 1º julgamento de câncer relacionado ao Roundup
s/d - Baum Hedlind Aristei Goldman PC & Where is Glyphosate Banned? [A number of cities, counties, states and countries throughout the world have taken steps to either restrict or ban glyphosate, the active ingredient in Monsanto’s Roundup weed killer]
11-8-2018 - Diário de Notícias & DeWayne Johnson, o jardineiro que derrubou a gigante Monsanto [Apesar de se debater com um cancro terminal, DeWayne travou uma feroz batalhas nos tribunais]
DeWayne Johnson, o jardineiro que derrubou a gigante Monsanto https://t.co/5ij6iGHAwf
— AFISA-PR (@AFISAPR) 5 de janeiro de 2019
8-3-2018 - Sustainable Pulse & WHO’s Cancer Agency Publishes Clear Q&A on Glyphosate [The World Health Organization’s cancer agency IARC has published a clear Q&A on the probable carcinogen and World’s most used herbicide – glyphosate. The Q&A makes it clear that glyphosate alone is both a probable human carcinogen and is genotoxic]
WHO’s Cancer Agency Publishes Clear Q&A on #Glyphosate https://t.co/KwotaEjKhI Formulations (e.g. Roundup) are a risk, so is pure glyphosate
— GMWatch (@GMWatch) 9 de março de 2016
11-11-2015 - Lifegate & The human cost of agrotoxins. How glyphosate is killing Argentina [An emerging Argentinian photographer has realised a daring photo feature. Like David against Goliath, his enemies are glyphosate and the Monsanto Company]
30-4-2015 - Diario Jornada & Córdoba: más muertes y diagnósticos de cáncer por agroquímicos [Otras tres personas murieron por cáncer y tres niños fueron diagnosticados con esa enfermedad en la localidad cordobesa de Monte Maíz a sólo un mes de que se presentaran los resultados del relevamiento sanitario que demostró que la incidencia de esta patología triplica la media nacional, presumiblemente como consecuencia del uso de los agrotóxicos]
27-3-2015 - Página 12 & Durmiendo con el pesticida [En Monte Maíz, Córdoba, un estudio de la universidad de esa provincia determinó que la población presenta cinco veces más casos de cáncer que la media. Se debe a los grandes acopios de granos en el centro del pueblo y a las fumigaciones]
30-10-2014 - La Voz & Monte Maíz: los casos de cáncer se distribuyen en todo el pueblo [El relevamiento registra depósitos de plaguicidas y máquinas aplicadoras en la zona urbana. Predominaría el cáncer de pulmón]
s/d - Golob Semillas & Monte Maíz: más cáncer por agrotóxicos