Afisa-PR

Em benefício da conscientização política

Como o "todos juntos agora" se comportará depois que o arrocho salarial voltar a se instalar?

 

CAfisa PR 19 anos

 

Por um lado, um segmento que era do "quadrão geral" absorvido pelo novo quadro, com razão, reclama de redução salarial (não obstante, não se pode perder de vista que agora há possibilidade de melhor provento de aposentadoria pela incorporação integral de gratificação) com o advento do novo quadro que é [pelos "patrões" e pelos tradeunistas amarelados] apresentado aos alienados como materialização de "avanço" e de "conquista".

Junto com o novo quadro, oxalá esse segmento absorvido, com o novo cargo, não tenha uma desagradável surpresa quando da aposentadoria.

De outro lado, o "quadrão geral" remunerava melhor que a carreira própria!

Assim sendo, parece que havia prática de enriquecimento ilícito (apud Lei 8.429/1992), visto que sucessivos (des)governos valeram-se de duas carreiras com desníveis remuneratórios para execução de idêntico serviço. Possível prática de improbidade administrativa? Dessa constatação, obviamente, nada resultará, pois, segundo um ditado popular, corvo não come corvo... Afinal, o estado que "temos", é expressão do domínio político, social e espiritual da classe que domina.

A única conclusão possível é que, em quase uma década, a carreira própria para nada serviu; ela foi subdesenvolvida, assim, foi impedida de oferecer "desenvolvimento com valorização e justiça salarial".

O ululante desnível salarial em prejuízo da carreira própria somente agora (?) foi percebido por muitas pessoas. Esse é o grau de alienação em que "vive" essas pessoas: profundo e praticamente irreversível, ainda mais quando se nota que muitas pessoas, que estavam em subdesenvolvida carreira própria, agora comemoram (?) os tais "avanço" e "conquista".

Esse injusto subdesenvolvimento foi/é culpa de quem? De cada um que, durante uma década, permitiu – por vassalagem, por omissão ou ambas as coisas – que uma ideologia divisionista e subdesenvolvimentista tivesse ampla assimilação.

A cada um que estava em subdesenvolvida carreira própria, que nisso se meteu – por vassalagem, por omissão ou ambas as coisas –, que atuou contra o próprio patrimônio, faltou dignidade e vergonha.

Com o advento do novo quadro, "todos juntos agora", rumo ao próximo precipício.

Próximo precipício? Sim!, veja:

a) Solução salarial mediante nova "readequação" de carreira? Esqueça isso! Isso não acontecerá nos próximos anos ou décadas!

b) Imprescindível reajuste anual? Em caso de reeleição de status quo contumaz sonegador de reajuste anual? Esqueça isso!, no mínimo pelos próximos quatro anos! (Em tempo: a real redução salarial de mais de 36%, exceto a parcela "coberta" por lei específica - 8.53% -, é perda consolidada, irrecuperável, ad aeternum.)

Como o "todos juntos agora" se comportará depois que o arrocho salarial voltar a se instalar?