Afisa-PR

EUA: FSIS amostrará carne para monitorar níveis de dioxina

Os dados coletados pelo USDA, Agricultural Research Service e FSIS serão úteis para monitorar os níveis de dioxina nos tecidos adiposos em bovinos, suínos e frangos e sua avaliação de tendência

U.S official. inspection service will scan to monitor dioxin levels & The data collected by the USDA, Agricultural Research Service and the FSIS will be useful to monitor the levels of dioxin-like PCBs in the fatty tissues in cattle, pigs and chickens and your evaluate tendency

 

Os órgãos públicos federais estadunidenses darão início a um programa de testes que durará um ano sobre a carne bovina, suína e de frango para medir os níveis de um produto químico altamente tóxico chamado dioxina, mais conhecida pelo seu uso como Agente Laranja na Guerra do Vietnã e em alguns agrotóxicos, segundo a notícia FSIS set to begin dioxin analysis of U.S. meat, poultry do Food Safety News de 4 de maio de 2018.

 

 

 

O projeto chama-se Fiscal Year 2018 Dioxin Survey e é liderado pelo USDA/Food Safety and Inspection Services (FSIS) e será executado em conjunto com o USDA/Agricultural Research Service (ARS) e USDA/Red River Valley Agricultural Research Center de Fargo (Dakota do Norte).

Nos anos de 2003, 2008 e 2013 já foram feitos inquéritos nos EUA para detectar os níveis de dioxina na carne consumida pela população. A dioxina é de interesse para a saúde pública, visto que é amplamente encontrada, mas geralmente em níveis muito baixos, em todo o meio ambiente.

Em 1979 a U.S. Environmental Protection Agency (EPA) proibiu o uso da dioxina em agrotóxicos, depois de analisar evidências de seu perigo para os seres humanos, particularmente devido seu disseminado uso como arma de guerra no Vietnã. Além disso, os agrotóxicos com dioxina foram muito populares entre os agricultores dos EUA para controlar em suas lavouras infestações de ervas daninhas de folhas largas.

Hoje, nos Estados Unidos, os alimentos são os principais veículos de contaminação/exposição à dioxina, de acordo com dados do National Institutes of Health (NIH) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nos animais as dioxinas são absorvidas e armazenadas em seus tecidos adiposos e, portanto, se acumulam na cadeia alimentar e mais de 90% da exposição de seres humanos à dioxina ocorre através da ingestão de alimentos, conforme informam diversos institutos nacionais de saúde.

De acordo com as agências de saúde norte-americanas e internacionais, os animais de criação são contaminados pela dioxina através dos alimentos que consomem.

Os dados coletados pelo USDA/Agricultural Research Service e o USDA/Food Safety and Inspection Services serão úteis para monitorar os níveis de dioxina nos tecidos adiposos em bovinos, suínos e frangos e para avaliar sua tendência. Esses dados também serão usados ​​para detectar e identificar as possíveis fontes de contaminação pela dioxina nas rações e suprimentos de alimentos que alimentam bovinos, suínos e frangos além de determinar/justificar ações regulatórias da Food and Drug Administration (FDA) e da U.S. Environmental Protection Agency.

A partir de 1º de julho próximo, o USDA/Food Safety and Inspection Services aconselhará a gestão dos vários frigoríficos que serão selecionados para amostragem. Os fiscais agropecuários do FSIS coletarão meio quilo de tecido adiposo — e em alguns casos uma quantidade igual de tecido hepático — e registrarão as informações de identificação dos animais (bois, novilhas, vacas leiteiras, suínos, frangos e perus jovens e perus jovens) amostrados.

Os resultados das amostras individuais não servirão de base para ações regulatórias, e as carcaças amostradas não serão interditadas até o resultado oficial.

Os fiscais agropecuários do FSIS terão 37 dias a partir da data da solicitação para coletar e encaminhar as amostras para o laboratório do USDA/Agricultural Research Service.

Para a amostragem, os fiscais agropecuários do FSIS deverão selecionar aleatoriamente os animais que passaram pela inspeção ante-mortem e que parecerem saudáveis.

Após a conclusão da pesquisa anual, o FSIS resumirá e publicará seus resultados em um relatório oficial que estará acessível no seu site. Os resultados individuais por frigoríficos, porém, não serão publicados.

Segundo o National Institutes of Health, a dioxina é conhecida por causar câncer em animais de laboratório. Além disso, a exposição à dioxina tem sido associada a uma série de outras doenças, incluindo diabetes tipo 2, doença cardíaca isquêmica e uma doença de pele chamada cloracne (característica da exposição à dioxina).

Segundo o National Institutes of Health, “As dioxinas podem causar problemas de desenvolvimento em crianças, levar a problemas reprodutivos e de infertilidade em adultos, resultar em abortos espontâneos, danificar o sistema imunológico e interferir nos hormônios”.

A U.S. Environmental Protection Agency relata que as dioxinas são “compostos extremamente persistentes e se quebram muito lentamente. De fato, uma grande parte nos EUA das atuais contaminações por dioxina devem-se ao seu uso de décadas atrás”.

Uma pesquisa do The Aspen Institute mostrou que a dioxina enterrada ou lixiviada superficialmente ou profundamente nos sedimentos de rios e outras fontes de água pode ter uma meia-vida de mais de 100 anos.

 

Modificado em 22-5-2020 em 17:55

 

Matéria Vinculada:

4-5-2018 - Food Safety News & FSIS set to begin dioxin analysis of U.S. meat, poultry [Federal agencies are set to begin a year-long testing program on U.S. beef, pork and poultry to measure the levels of a highly toxic group of chemicals called dioxins, which are best known for their use in Agent Orange and other herbicides]