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A origem do SARS-CoV-2

China propõe estudo para descobrir a origem do SARS-CoV-2 em países com animais infectados pelo vírus

 


A China rejeita a proposta de trabalho de 2ª fase da Organização Mundial da Saúde (OMS) para rastrear a origem do vírus SARS-CoV-2, visto que ela "não se baseia nas evidências científicas coletadas no estudo de 1ª fase conduzido em conjunto por especialistas chineses e estrangeiros" em Wuhan, província de Hubei, no início deste ano. 

A notícia China proposes virus origins study in countries linked to animal infection and Wuhan wet market suppliers, rejects WHO's plan [WHO 'yielded to US pressure,' ignoring intl voices to probe the US over early cases, Fort Detrick] (por GT staff reporters) do Global Times de 13 de agosto de 2021, dá conta que as evidências de aparecimento desse coronavírus em outros países se acumulam e sugerem que ele "já tinha se disseminado antes do surto de Wuhan". Para os cientistas chineses há necessidade urgente de se investigar os primeiros casos nos EUA e analisar as amostras que foram coletadas em animais, como é o caso do veado-de-cauda-branca, infectado pelo SARS-CoV-2 ainda em 2019.

Segundo a notícia do Global Times, um estudo de 2021 mostrou que veados-de-cauda-branca dos EUA tinham anticorpos para o SARS-CoV-2, indicando a exposição ao vírus. Os anticorpos também foram identificados em três amostras de 2020 e uma de 2019.

 

 

A China defende que a 2ª fase do rastreamento da origem do SARS-CoV-2 se concentre em investigar os países com populações de morcegos-ferradura e pangolins; aqueles com estudos mostram animais com anticorpos para o vírus e quais foram os fornecedores do mercado de Huanan na cidade de Wuhan, por meio da logística da cadeia de frio (produtos de origem animal). 

 

Modificado em 14-8-2021 em 12:28

 

Matérias vinculadas:

10-10-2021 - Global Times & Chinese CDC Director: COVID-19 still expanding its host range; necessary for multi-point screening globally [The potential for the SARS-CoV-2 to expand into more animal hosts is not over, warned Gao Fu, head of the Chinese Center for Disease Control and Prevention (China CDC), calling for large-scale SARS-CoV-2 screening for global wildlife, especially the most susceptible ones. (...) COVID-19 may have been silently spreading in the US as early as September 2019, suggested a research paper released last month on ChinaXiv, a preprint platform developed by the Chinese Academy of Sciences (CAS), authored by researchers from the University of Science and Technology of China and the University of Chinese Academy of Sciences. (...) "Worse, SARS-CoV-2 might spread in the marine ecosystem, which may lead to the generation of some novel SARS-CoV-2 variants with unknown threats to humans," it warned. (...)]

9-10-2021 - Brasil de Fato & Próxima pandemia é inevitável, e OMS corre para que fracasso da covid-19 não se repita [Organização vê no enfrentamento da atual pandemia "fracasso para a humanidade", especialmente na distribuição de vacinas (...) Como virá? A ganância do mercado se revelou extraordinária durante a vacinação contra a covid-19. Em torno de 70% das vacinas foram distribuídas, até então, em apenas 10 países. O consórcio Covax Facility, liderado pela OMS para distribuir doses para países pobres, falhou. Menos de 30% da meta de 2,5 bilhões de doses em 2021 será atingida. Soma-se a isso a emergência climática e a devastação de áreas florestais. Não se sabe ao certo como nem aonde mas, provavelmente, a próxima pandemia deve surgir com o avanço do agronegócio em áreas de preservação. Na verdade, são duas opções que lideram a lista de riscos. O avanço da devastação e o surgimento de bactérias super resistentes. (...) Caminho da pandemia - Já a questão da devastação caminha em paralelo com o aumento constante de consumo de proteína animal. As últimas epidemias como da Aids, ebola, gripe aviária, Sars, Mers e covid-19 surgem do contato humano com animais silvestres. Mesmo a gripe espanhola não surge na Espanha. Ela tem início em fazendas criadouras de suínos nos Estados Unidos. "Quando superlotamos fazendas com milhares de animais no espaço de um campo de futebol, que ficam com pata ao lado de pato, além do estresse que permeia seus corpos e derruba o seu sistema imunológico, há amônia destruindo os seus pulmões e uma falta de ar fresco e luz do sol: todos esses fatores juntos são o caminho certo para quem deseja criar uma epidemia rapidamente", disse Michael Greger, biólogo e escritor de Gripe Aviária: Um Vírus com a Nossa Culpa, ao portal Vox]

20-8-2020 - Vox & The meat we eat is a pandemic risk, too ["If you actually want to create global pandemics, then build factory farms." Some experts have hypothesized that the novel coronavirus made the jump from animals to humans in China's wet markets, just like SARS before it. Unsurprisingly, many people are furious that the markets, which were closed in the immediate wake of the outbreak in China, have already reopened. It's easy to point the finger at these "foreign" places and blame them for generating pandemics. But doing that ignores one crucial fact: The way people eat all around the world — including in the US — is a major risk factor for pandemics, too. That's because we eat a ton of meat, and the vast majority of it comes from factory farms. In these huge industrialized facilities that supply more than 90 percent of meat globally — and around 99 percent of America's meat — animals are tightly packed together and live under harsh and unsanitary conditions. "When we overcrowd animals by the thousands, in cramped football-field-size sheds, to lie beak to beak or snout to snout, and there's stress crippling their immune systems, and there's ammonia from the decomposing waste burning their lungs, and there's a lack of fresh air and sunlight — put all these factors together and you have a perfect-storm environment for the emergence and spread of disease," said Michael Greger, the author of Bird Flu: A Virus of Our Own Hatching. (...)]