Por Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR)

 

 

No fantasioso mundo das promessas!

Os governismos neoliberais (do passado e do presente) — neles imiscuídos manjados "representantes" convenientemente úteis para tirar o controle dos próprios indivíduos para que eles não atuem coletivamente de modo autônomo e independente — são uma fábrica de promessas não cumpridas. 

Eficazes (e ardilosas) promessas ("projetos milagrosos" — versão "4.0", já que as versões "1.0", "2.0" e "3.0" morreram na praia) e ideologias controladoras furadas (como, p. ex., a do "primeiro os ônus, depois os 'bônus'") invadem profundamente a consciência do indivíduo que, sem suficiente educação política, passa a confundir desejo com realidade.

 

A realidade!

Os governismos neoliberais (do passado e do presente) fabricam racionalizações ideológicas que domesticam o trabalho. (Obliterando qualquer reinvindicação coletiva.)

No âmbito específico, as personificações dos governismos impõem o controle1 para "contrabalançar" a falta/negação do incentivo2 — aliás, o único incentivo do sistema é o voltado à "eficiência econômica" para "atender" a agromercadização privada com potencial de "render votos" na próxima eleição —, na expectativa de que a unilateralidade do controle mantenha o sistema "em pé e em funcionamento".

Não há incentivo, pois o governismo neoliberal do presente — que "governa" renunciando a bilhões ("desonerações fiscais") em favor dos grandes empresários e de setores do agronegócio — tem se revelado um ferrenho adversário político/ideológico de qualquer resquício de política administrativa que beneficie o "menos igual" estatutário!

Enquanto o indivíduo mergulha fundo nas promessas e no mundo da fantasia a realidade mostra que a carreira própria já está na cova prestes a ser soterrada pela humilhação, desvalorização e empobrecimento salarial.

A corrosão salarial — com [mais um!] o calote contra a data-base de 2022 — subiu para um novo patamar: de um 1/4 para 1/3 do valor real do subsídio!

O problema enfrentado não é "econômico" etc.: é político/ideológico!   

Mais do que nunca é preciso se preparar para o confronto, caso contrário...  

 

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1 Visto que o consórcio entre o executivo [sic!] e o legislativo [sic!] — atenção eleitor "menos igual"! —, com extraordinário apetite legiferante, sistematicamente vem produzindo amargas medidas contra o "menos igual" estatutário.  

2 No mínimo respeito à progressão e à promoção e, principalmente, à data-base.