Afisa-PR

Opinião da DIREX: a objetividade verdadeiramente existente ...

... para o fiscal da defesa agropecuário como produto e condição da desatinada "política" salarial dos últimos anos 

 

 Direx 19 anos

 

Parece que o status quo em turno que transita o poder alterou sua desatinada "política" salarial pela criação — para algumas categorias vinculadas ao executivo (por ele tratadas como "menos iguais") — de novos quadros em vez do imprescindível reajuste anual (data-base). Esse é o caso do fiscal da defesa agropecuária, que agora conta com um novo quadro chamado QPDA cujo "avanço salarial", vendido como "uma conquista" aos mais desinformados, é insuficiente.

Essa "conquista" é insuficiente, pois a readequação dos valores dos subsídios da extinta CFDA, vendida como "avanço salarial", não repõe sequer a inconsequente e irresponsável corrosão salarial (36,56%) criada nos últimos anos pela negação sistemática do reajuste anual.

Era preciso ter criado um quadro próprio que corrigisse de forma plena a injustiça salarial, sobretudo, de início e meio de carreira, pois o novo QPDA já nasce condenado, visto que ele não se sustentará nem no curto prazo: bastarão dois anos subsequentes sem reajuste anual em um contexto de explosão inflacionária para o retorno da desvalorização com arrocho salarial em prejuízo do fiscal da defesa agropecuária de linha de frente. 

Esse novo "rumo" da "política" salarial mostra que, pelos próximos anos, o "menos igual" da fiscalização agropecuária (ainda) pública não terá reajuste anual. (Principalmente em caso de reeleição.) 

E o mais grave: qualquer que seja o governo a partir de 2023 está descartada como "fator atenuante" da sistemática falta do reajuste anual uma nova reestruturação/avanço salarial no âmbito do QPDA.

Como se comportará1 a maioria dos fiscais da defesa agropecuária de linha de frente diante dessa conjuntura? Temos uma opinião formada isso e ela não é animadora.

Alertamos: é bom que fiscal da defesa agropecuária de linha de frente, preocupado com o seu futuro no serviço público estatutário, preste atenção na realidade (o conjunto das condições reais que o circunda) e tenha máxima precaução contra as mais variadas ideologias (furadas) e princípios (inventados) dos notórios [não importa qual seja o matiz do status quo em turno] bajuladores, a fim de evitar a trágica ilusão de um futuro de plena valorização com justiça salarial1.

Em outras palavras: é preciso prestar atenção nas atividades cognoscitiva (a realidade presente que precisa ser conhecida) e teleológica (a realidade ainda não existente). O que preocupa é a realidade não existente, pois ela traz implícita uma exigência de realização que tende a não ser realizada1, pois o resultado esperado (plena valorização com justiça salarial) que as ilusões ("conquista" e "avanço salarial") vendidas no presente mascaram, não se materializará no futuro.  

 

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1 Para os próximos anos (ou décadas) é fundamental que não se repita o desastroso fenômeno verificado pela criação/transformação/enquadramento (CFDA/Lei 17.187) que subjugou e pacificou, durante uma década, uma maioria em carreira própria nada fez para evitar a crescente desvalorização com injustiça salarial.