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Categoria: Política associativa
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Afisa-PR

A grande ilusão coletiva!

A defesa agropecuária pública em si não significa "consequente" valorização e justiça salarial

 

 

É uma grande ilusão acreditar que a defesa agropecuária pública em si, não obstante ser verdade que beneficia interesses político-partidários e mercadológicos, respectivamente, de governos e do agro$ (os primeiros impõem suas "validades absolutas" sem se importarem com as nocivas implicações práticas sobre os trabalhadores públicos, buscando um "equilíbrio 'operacionalmente administrável'" para "garantir" os negócios do último), possa significar plena valorização e justiça salarial.    

A valorização e a justiça salarial são saltos qualitativos que não acontecem por por "bondade alheia", "gravidade" ou "osmose", mas sim, em ambiente de pleno desenvolvimento da carreira própria (CFDA).  

A constrangedora desvalorização e injustiça salarial contra o fiscal agropecuário deste estado decorre, primeiro, das negativas personalistas do passado que estagnaram o pleno desenvolvimento da CFDA; e, segundo, das várias legislações anti-subsídio patrocinadas por um governo de matriz neoliberal, cujo contumaz modus operandi solapa direitos históricos e sistematicamente nega a aplicação da recomposição aos subsídios (que nos últimos anos foram reduzidos em 25,44%) da CFDA.

É prova inconteste que uma condição favorável obtida pela defesa agropecuária pública deste estado — como por exemplo a comemorada área livre de febre aftosa sem vacinação — não traduz merecida valorização e justiça salarial na CFDA, muito pelo contrário, como mostra a realidade.  

 

 

Aliás, as determinações qualitativas e quantitativas da defesa agropecuária pública deste estado, inclusive, o futuro no médio e longo prazo da área livre de febre aftosa etc. é uma preocupação (in abstracto?) única e exclusiva, respectivamente, do governo em turno (da primeira depende o sucesso de sua política partidária para a agricultura) e do agro$ (da primeira depende seus bilionários negócios e investimentos).

O fiscal agropecuário deste estado crítico e reflexivo, já que é que submetido à constrangedora desvalorização com injustiça salarial, também tem uma única e exclusiva preocupação: desenvolver (um imperativo objetivo!) custe o que custar sua CFDA. 

Alertamos novamente para o necessário choque coletivo de realidade:

 

 

1) O padrão de vida é/será ainda mais rebaixado de forma implacável principalmente pela falta da data-base que desvaloriza e aprofunda a injustiça salarial; e

2) Não há mais nada a ser feito (um adeus definitivo às ilusões; ideologias furadas, promessas na forma de "milagrosos" PLs; "negociações"; estéreis mensagens de lamentações; "medidas tópicas" inutilmente tomadas nos últimos anos etc.) a não ser que a categoria recupere sua capacidade de (a partir do ano que vem, pois até 31 de dezembro próximo todas as perspectivas foram bloqueadas por uma série de legislações anti-subsídio) de organizar e levar a cabo uma fortíssima greve (isto se o "aliado" da maioria iludida não impetrar um mandado de segurança antigreve — labor injunctions — para pôr fim ao movimento paredista — por tempo indeterminado que impacte politicamente (governo) e economicamente (agro$).

 

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